quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Das pequenas constatações.


Uma amiga querida comentou comigo dia desses "numa boa, não encuca com o que eu vou dizer, mas sua alegria incomoda. Não é o meu caso, mas sinto que você causa isso em algumas pessoas. Está sempre feliz demais e isso faz quem não tem intimidade com você se sentir mal". Amiga querida, é triste o que vou dizer, mas já faz um tempo que endureci um pouco e desacreditei, sobretudo, das boas intenções das pessoas. É fato, elas nem sempre nos querem bem.
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Devo confessar que eu já havia percebido que felicidade alheia incomoda alguns. O outro gosta mais quando encontra uma pessoa triste. Tristeza aproxima quem está longe. Alegria sufoca quem não consegue ser assim. O que as pessoas esquecem de observar é que tudo na vida passa. Tristeza não é eterna, e alegria não dura pra sempre. Tenho dias tristes como todo mundo, mas não gosto de lamentar, de ficar criando crises, decidi um dia, numa tarde qualquer, que do meu pensamento triste quem cuida sou eu. Só faço da minha tristeza algo externo quando a facada é muito forte. Fora isso, sigo sempre sorrindo e tentando, tentando e sorrindo. Nesse instante estou feliz, e vou vivendo minha felicidade até quando tiver que ser.
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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Com os relacionamentos anteriores aprendi:

1. Que "in vino veritas". E que latim é a língua dos cachorros. rs
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2. Que a roupa é o cartão de visita dos advogados. Por isso, os profissionais da área jurídica devem estar sempre bem vestidos.
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3. Que ao contrário do que eu imaginava, motocross, trilhão e enduro são três modalidades diferentes de competição.
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4. A apreciar bons vinhos, mojitos e afins.
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5. Que rei da palomba e vodka com red bull conseguem alegrar a noite quando se está em ótima companhia.
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6. Que o que realmente importa não é o lugar, e sim a (boa) companhia.
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7. Que dá para abrir garrafas de smirnoff usando o bíceps.
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8. Que o melhor horário para se tirar fotos é durante o pôr do sol. A iluminação desse horário retira as imperfeições do rosto e ainda dá um ar bronzeado à pele.
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9. Como se deve fazer para sair de uma garagem com declive sem deixar o carro morrer ou descer um pouquinho. Também aprendi a parar o carro sem usar o freio, só diminuindo a marcha (caso o freio falhe).
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10. A avisar em casa sempre que eu for demorar um pouquinho mais na rua. Isso evita dores de cabeça desnecessárias.
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11. O que é o impedimento num jogo de futebol (apesar de já ter esquecido.. rs).
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12. Que o importante não é estar sempre certo, e sim, ser feliz. (entre tantos outros clichês).
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13. Que é aconselhável andar sempre de tênis em cidades perigosas. Por questão de segurança. Ajuda a correr.
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Entre muitas outras coisas que, infelizmente, não me recordo agora. Mas todas as vezes que eu faço uma dessas coisas, queridos, acreditem, lembro de quando me ensinaram. É por isso que guardo vocês no meu coração. Sempre.
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E até quem me vê lendo o jornal na fila do pão, sabe...

que meu feriado foi totalmente cheio de coisas boas. Só coisas boas. E a doçura é tanta, que tem feito insuportável cócega na alma. :) .

" me diz o que é o sossego que eu te mostro alguém afim de te acompanhar... "
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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Relembrar é preciso...


Apesar de ter sido viciada em Chiquititas (fui mesmo, que menina não foi?), e de não perder um único capítulo quando estava em casa, a TV não fazia falta nos meus dias em Canavieras. Primeiro, porque tinha aquelas redes na varandinha dos apartamentos, onde eu adorava me balançar até bater a cabeça na parede e sair chorando, ou até minha tia chegar, reclamando das marcas dos pezinhos na parede. rs. Depois, porque tinha as tardes jogando baralho, dominó e conversa fora com minha prima e os filhos dos hóspedes (primeiras amizades que fiz) na beira da piscina. E terceiro, por causa do quintal. Ahhhh, o quintal... tinha os pés de caju (que eu odiava na época, porque são muito azedos pra criança, mas hoje morro de saudade), o pé de carambola, que tantas vezes serviu de quartel general, cabana, suporte pra balanço, rs, a psicina (que uma vez inspirou a mim e a minha prima a pegar todos os sabonetes da pousada e jogar na água, na tentativa de torná-la uma piscina de espumas. Isso nos rendeu umas belas palmadas. rs) as espreguiçadeiras brancas com almofadas coloridas, os passeios com carrinho de mão (se tivesse alguém pra me empurrar, claro. rs). Aí eu pegava (sem minha tia ver, porque ela ficava uma fera) uma das referidas almofadas coloridas e ficava de princesa Diana, passeando e acenando pelo quintal... E no domingo depois do almoço, depois da famosíssima moqueca de peixe, a cena mais comum era ver minha tia e meu tio na porta da pousada, acenando tchau até a gente sumir no carro na próxima esquina.
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Sei lá, deve ser normal ficar com o coração apertado lembrando dessas coisas. E tudo porque cheguei em casa hoje e recebi um recado da minha prima querida dizendo que estava morrendo de saudade das nossas férias em Canavieiras. Também sinto saudades, flor. De você, de canavieiras, das nossas risadas e travessuras. Canavieiras perde completamente a graça sem você por lá. Volta logo, pra que os sorrisos apareçam! :)
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sábado, 2 de outubro de 2010

Meus vinte e poucos anos...

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Vinte e um anos. Finalmente. Acho que esperei a vida inteira por essa idade, por essa fase. E aqui estou, escrevendo pra vocês que acompanham a minha vida de pertinho, ao som de Colbie Caillat, linda, plena, e muito bem resolvida nesse meu novo ano. A vida tá tão doce, os projetos estão fluindo, as notas estão ótimas, o coração tá batendo direitinho, as borboletas voltaram a passear pelo meu estômago, o céu trouxe de volta a lua cheia e as madrugadas de sorriso... O que mais eu poderia querer? :)
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Ontem uma pessoa querida perguntou o que mudou em mim ao longo desses vinte e poucos anos. Pouca coisa. Ou quase nada. O espelho ainda me mostra todas as noites a mesma menina tímida e sapeca que costumava passar horas lendo os romances da Jane Austen e comendo chocolate. Descobri que apesar de ter me tornado um pouco mais cética, vou continuar sendo sempre essa eterna romântica que insiste em escrever sobre finais felizes. Aliás, continuo a mesma em muitos aspectos. Continuo distraída, phd nas malditas leis de Murphy, com as mesmas manias bestas, com o mesmo pavor de lugares fechados. Ainda sou dramática, intensa, observadora, recíproca demais, doce, e tímida às vezes.
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Aos 21 anos, ainda me encanto com pequenos gestos, leio Caio Fernando Abreu todos os dias, sangro fácil e tenho feridas profundas, mas continuo jogando purpurina em cima das cicatrizes para deixá-las mais bonitas. O pequeno príncipe continua sendo o meu livro favorito. Ainda sou apaixonada pelas músicas do Nando Reis, continuo cantando "meu mundo ficou melhor quando você chegou e perguntou: tem lugar pra mim?" e desejando encontrar alguém especial para dedicar esses versos. Ainda acho que Shakspeare é que estava certo - o que importa é quem você tem na vida.
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Concluo, enfim, que ainda sou toda amor, e quero seguir sendo amor por muitas outras vidas. Sim, eu ainda acredito no amor. Acredito nas vibrações mais lindas e verdadeiras que ele transmite, e em tudo que ele representa na vida das pessoas. Se com alguns anos e aprendizados a mais eu for perder o que mais gosto em mim, se me tornar uma amargurada, sem fantasias, se for deixar de acreditar nos meus sonhos, sinceramente, não quero que o tempo passe. Quero me congelar aos vinte e poucos anos para sempre! :)
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Ps: parabéns para mim nessa data querida! :)
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