sexta-feira, 23 de outubro de 2009

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12 de Março de 2023
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Minha amada Elisabeth,

Eu sei, hoje completam dez anos desde aquela primeira vez em que meus olhos refletiram os teus, e peço perdão pela demora para esboçar qualquer reação às suas inúmeras declarações. A verdade, é que meu orgulho sempre dominou as minhas atitudes, e minha imaturidade nunca me deixou procurá-la desde aquela última vez. A verdade mesmo, minha querida, é que se o meu coração fosse sábio e meus sentimentos adeptos da coerência, nunca teria te deixado partir.
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Enfim, escrevo apenas para te contar que todas as vezes em que abro o guarda roupa e me deparo com aquele par de pulseirinhas laranjas sorrindo pra mim, lembro como foram doces alguns dias da minha vida ao teu lado (em especial, aquela tarde que passamos entre frio, abraços e sorrisos).
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Lisa, eu tenho pulseirinhas que sabem rir, e quando as vejo, é como se você risse para mim através delas. Quisera eu ter o poder de rir pra você através das coisas que lhe rodeiam. Quisera eu ter o dom dos poetas e me fazer presente em sua vida através dos versos. Quisera eu ser vento pra invadir o teu mundo e sorrir pra você.
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Lis, espero que não guarde mágoas e que lembre de mim tanto quanto lembro da gente.
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ps.: continua sonhando para que eu possa te visitar sempre.
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do teu eterno,
Darcy.