segunda-feira, 30 de março de 2009

Benjamin Button!

Pronto, matei meu desejo e agora posso participar ativamente de todas as conversas que envolvem O Curioso Caso de Benjamin Button. Assisti hoje, depois do almoço, enquanto deveria estar estudando para a prova de ciências políticas que vou ter amanhã, e achei incrível, mas não surpreendente, ter me esvaido em lágrimas no final.
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Foram quase três horas de filme contando a história de Benjamin, um bebê que nasce velho, à beira da morte, e fica mais jovem à medida que o tempo passa, mas isso todo mundo já sabe, que esse é um dos top filmes mais comentados por aí. Como também se sabe que, em algum momento da história, ele se apaixona por Daisy (Cate Blanchett) e os dois vivem o impasse de não terem todo o tempo do mundo pra serem felizes juntos, porque enquanto Daisy envelhece - super elegantemente bem -, Benjamin fica cada vez mais jovem - super mega deliciosamente bem, já que é Brad Pitt, né? =D.
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Uma das minhas maiores curiosidades em ver o filme era o tratamento de make-up e efeitos que a produção ia dar em Brad e Cate, já que o filme não tinha fases distintas, era uma história corrida, então seriam, sei lá, 20 Benjamins diferentes ao longo do filme. E me surpreendi. Ficou tudo tão natural e bem feito (conseguiram fazer Cate ir dos 15 aos 80 anos com uma delicadeza incrível, e eu não duvido que Brad fique parecido com sua versão “vovô” do filme quando estiver mais velho) que eu quase estava acreditando de verdade na história. O filme absorve a gente, sabe. Afinal, são quase três horas. Acho que não deve ser tão legal ver um filme longo desses no cinema. Filmes assim são bons de assistir largada na cama, com a chance de pegar uma coca na geladeira a qualquer momento, levantar pra fazer brigadeiro, e sem aquele frio todo da sala de cinema.
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O curioso caso de Benjamin Button é perfeito. É legal como o filme vai ficando mais leve, mais jovem, como o personagem principal. Adorei os anos 60, especialmente a cena de Brad no barco, de óculos de sol e cabelos ao vento, num corte de tempo em que aparece bem mais jovem do que na cena anterior, aaaaaai delícia. Pessoas que não vão com a cara de Brad, me desculpem, mas o cara é absurdamente lindo. ;)
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O filme me encantou desde a primeira cena, a da história do relógio que contava o tempo pra trás, até a última, com o mesmo relógio. E eu me peguei sentindo o filme de uma maneira que não acontecia desde PS: EU TE AMO. A história começa meio tragicômica e vai ficando cada vez mais cativante. E apesar de saber que o fim de Benjamin não ia ser dos melhores (imagine uma criança de 80 anos, que coisa confusa), eu torcia por ele. Acho que o que mais me tocou no filme foi isso. A idéia da inevitável passagem do tempo, tanto pra frente quanto pra trás, e como isso é triste - logo no começo do filme, alguém diz a Benjamin que por causa de suas “circunstâncias extraordinárias”, ele está condenado a ver morrer todas as pessoas que ama -, e como a gente tem que aproveitar direito o tempo que tem, o máximo dele. E como existem pessoas que ficam, mesmo passado todo o tempo do mundo.
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sexta-feira, 6 de março de 2009

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Gosto de surpresas.
Gosto de gentilezas.
Gosto de começos.
Gosto do exercício de aprender a gostar.
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.Gosto de dias doces, como foi o dia dessa foto. :)

segunda-feira, 2 de março de 2009

A minha vida real em uma "pauta".

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Não vou ser jornalista. Não tenho talento nem motivação para exercer a profissão e sei muito bem disso. Mas devo confessar que algumas vezes as sérias brincadeiras de entrevistar exigidas pela faculdade me surpreendiam e comoviam de forma irreversível.
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É impressionante como pessoas que há dez minutos atrás não passavam de desconhecidas para nós (e nós para elas) permitem nossa entrada em suas vidas, confidenciam seus medos, suas alegrias, suas impressões sobre este imenso mundo do qual fazemos parte. São depoimentos que muitas vezes não são publicados no corpo final da reportagem, mas que nos tocam a fundo, tornam-se inesquecíveis em suas peculiaridades e nos fazem pensar e repensar o sentido de nossa existência.
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O coveiro que diferencia as reações das pessoas em velórios de acordo com suas classes sociais e acredita que os menos abonados são muito mais sinceros em suas emoções, o funcionário do hospital que tem ‘sangue-frio’ para atender os feridos, mas inconforma-se com a crueldade com que alguns tratam seus parentes internados, a senhora que perdeu o pouco que tinha em alguns minutos de chuva e nos recebe com seu abraço mais carinhoso, com seu sorriso mais bonito. São sentimentos transmitidos por gestos inquietos, olhares cintilantes, expressões transparentes. É a vida, o caráter. São os valores de cada um que entram na nossa peneira de pensamentos e nos ajudam a construir os nossos.
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Pelo visto a minha incursão no mundo do jornalismo não vai durar tanto, mas as experiências que eu tive ao longo desses dois semestres me marcaram profundamente. Vou sentir falta das marias, dos josés, dos tantos personagens da vida que através das pautas que tive que cumprir entraram e sairam do meu dia-a-dia, das pessoas que de alguma forma deixaram sua marca em mim.
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Na foto: Laurinha, eu e Evelyn, após uma tarde brincando de 'jornalizar'.

ps: vou sentir falta do em pauta, gatekeeper, LEAD, deadline, nariz-de-cera, release, pirâmide invertida, agenda setting, espiral do silêncio, entre tantas outras expressões igualmente divertidas que nos fizeram rir nas tardes de sexta-feira. Vou sentir falta também dos finais de tarde na 25, das noites de sábado em Seu Lomba, das feijoadas na casa de Júlio, do forró do Porto, das aulas práticas de Nova, de atravessar a ponte para tomar sorvete em São Félix (né, Laurinha?), de filar aula para tomar banho de Cachoeira no Balneário (né, Léo? ¬¬ rs), de passar as madrugadas em claro fazendo o artigo de Colling, de almoçar lasanha todos os dias (eu também te muito I love you, Val! =D), de reunir a galera em frente ao rio e improvisar um luau... Saudades, como não sentir?
Saudade de um pedaço de mim que vai ficar aí com vocês.

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