quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Mentiras sinceras não me interessam...

Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: "digam o que disserem, o mal do século é a solidão". Não acredito nisso, para mim o verdadeiro mal do século é contentar-se com pouco por medo da solidão. E nos dias atuais está praticamente impossível encontrar alguém para viver uma relação de verdade. 
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Eu não consigo me acostumar com a fugacidade dos relacionamentos atuais. Combino comigo mesma que quero ser alguém menos sonhadora, menos romântica, que espera menos das pessoas, promessas feitas em vão. Eu devo ter lido a muitos romances quando criança, só pode, ou talvez essa minha mania de romancear se dê ao fato de, logo no início da vida, ter tido a sorte de viver "um amor tranquilo". Pode soar demodê, brega, cafona, mas eu ainda acredito em sentimentos verdadeiros, em poder estar ao lado de alguém só para andar de mãos dadas, fazer carinho na cabeça, olhar fundo nos olhos e escutar "com você eu estou exatamente onde queria estar". Acredito que todo mundo merece um amor de verdade, daqueles que nunca se viu igual, daqueles que nunca mais se terá. Mesmo que ele demore a acontecer, demore a chegar, demore a ser amor, um dia ele vem. 
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Eu não quero alguém que eu tenha que me entregar pela metade, nem quero receber metade de ninguém. Eu quero olhos brilhando em minha direção e quero aquela certeza de que ao meu lado a pessoa realmente está onde queria estar. Menos que isso não me interessa.
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ps:. se não for para voar bem alto, por favor, não me faça tirar os pés do chão.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

E pra nossa sorte, com o tempo a gente esquece.

Com o tempo a gente esquece que as duas horas que passamos no banho vão atrasar a leitura dos cinqüenta e três artigos que precisavam ser lidos para uma prova no dia seguinte, e se lembra como foi delicioso tomar um banho demorado depois de passar a tarde inteira debruçada sobre processos e correndo contra os prazos, porque a prova no outro dia é tão somente mais uma prova. Com o tempo a gente esquece a reserva que fez no restaurante mais badalado da cidade, e passa uma tarde inteira comendo brigadeiro de colher. E, às vezes, também se esquece que aquele petit gateau maravilhoso possui milhares de calorias, e que faltou sal na pipoca, e que acabou o pão integral – e não se importa, porque não faz mal passar um dia sem pão integral, porque sal demais aumenta a pressão, e porque comer aquele petit gateu uma vez na vida não vai fazer disparar os ponteiros da balança. Com o tempo a gente esquece que a película do carro não é tão escura, e que quando paramos no sinal as pessoas reparam nas caras, bocas e danças que a gente faz enquanto canta junto com a música.


Com o tempo a gente se esquece de ligar o computador, carregar o celular e perder tempo em frente à TV, e dá vontade de passar uma tarde inteira na beira da praia tomando água de côco e jogando conversa fora, ou de ficar em casa com o corpo largado no sofá, curtindo um abraço e uma taça de vinho. Com o tempo a gente esquece que acabou de secar o cabelo e descobre que bom mesmo é se aventurar por entre os pingos d’água, é lavar a alma numa chuva inesperada. Com o tempo a gente esquece como se faz as malas, porque descobre que não é preciso mais do que disposição e um sorriso no rosto para fazer de uma viagem algo inesquecível. Com o tempo a gente esquece o relógio, o que passou, o que virá, e começa a viver o presente sem pressa do futuro. É que, com o tempo, a gente pára de se importar tanto com os espinhos e começa a apreciar a beleza da flor, e a gente se dá conta do que nos faz feliz, e a gente se lembra da gente. E disso, quando a gente lembra, a gente nunca mais se esquece.


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"Coisa simples é lindo, e existe tão pouco"... :)

domingo, 23 de setembro de 2012

Pequenas loucurinhas...

Dezembro de 2010. Dois desconhecidos ligados por uma brincadeira de mau gosto. Ele a irritava profundamente. Ela era motivo de riso para ele em rodinha de amigos. E nenhum dos dois imaginava que o destino os colocaria dividindo uma mesma história futuramente.
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Dezembro de 2011. Era reveillón. Possivelmente haviam milhares de pessoas desconhecidas na cidadezinha do interior em que se encontravam, mas quis o acaso que eles se esbarrassem, entre tantos outros. Ela não o reconheceu de imediato. Ele contou com a ajuda de um amigo em comum para recordar-se de alguns flashes do reveillón passado. Ele agora queria, ao invés de rir dela, fazê-la sorrir. Ela não cedeu, achou que ele estivesse bêbado demais para saber o que queria naquela noite, preferiu deixar para um outro dia, e entregou o futuro encontro novamente nas mãos do acaso. Ele achava tudo isso uma bobagem e repetia a cada instante, "felicidade a gente não deixa esperando, pequena". Ela permaneceu irredutível, no nível alcoólico em que ele se encontrava, possivelmente nem lembraria dela no dia seguinte. E aí ela foi surpreendida com uma mensagem dele no meio da madrugada "vamos burlar o destino?". Ela cedeu. Um beijo. Alguns sorrisos. Uns passos de dança. E um adeus. Ele queria mais. Ela se esquivou. E perderam-se novamente.
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Fevereiro de 2012. Nele, uma hérnia, um super amigo informando às moças bonitas que ele havia feito uma cirurgia e ficaria feliz em receber mensagens estimando melhoras. Nela, um arrependimento por ter se esquivado tempos atrás, e uma oportunidade de se reaproximar sem deixar o orgulho de lado. Uma mensagem timidamente enviada. "Soube da cirurgia, espero que esteja bem, um beijo". A resposta veio  imediata e acompanhada de um convite "quando aparece?".
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Julho de 2012. Muitas mensagens e alguns meses após o convite feito por brincadeira, resolveram torná-lo real. "Quero muito que chegue logo o amanhã para eu ver esse sorriso lindo" dizia a mensagem que a fez passar a noite inteira com um sorriso brincando nos lábios aguardando por aquele encontro. E para surpresa dela, ele realmente veio, e ambos demonstraram tanto prazer de estar na companhia um do outro que, em nenhum momento, arrependeram-se por ter trocado um final de semana de qualquer outra programação para estarem ali. Ele não se conteve e comentou ao se despedir "estava tenso antes de chegar, tive medo que você fosse uma chata e que esse final de semana fosse terrível, mas te achei espetacular, fofa, simpática, linda, e quero te ver de novo, sério."
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Setembro de 2012. Ela não levou a sério o convite que ele havia feito pouco antes de se despedirem. E ele, apesar de desejar muito, não acreditou que ela iria mesmo. Eis que ambos surpreenderam-se positivamente. Para ele foi "impressionante como acordei feliz hoje". Para ela, impressionante mesmo foi, depois de tanta gente de conteúdo duvidoso ter cruzado o seu caminho, encontrar alguém bacana por quem sentia vontade de se esforçar um pouco.
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19:30h. Após duas horas de atraso dela, ele ainda a esperava com um sorriso no rosto e um arranjo de flores nas mãos. E o cartão que encantou a noite dizia "o perfume da rosa mais enfeitada pra te colorir e te cobrir de bem querer". Ele não conseguia disfarçar o encanto diante do esforço dela de cambalear durante horas num ônibus desconfortável só para passar alguns dias ao lado dele. E ela teve certeza de que todo o esforço valeu a pena ao perceber que ele havia dedicado algumas horas do seu dia para surpreendê-la com uma recepção cuidadosamente planejada, com direito a flores, CD personalizado, jantar à beira mar, e aquele sorriso encantadoramente delicioso dançando em seus lábios. Dentre as músicas escolhidas por ele, uma em especial lhe atraiu a atenção "ela me faz tão bem, que eu também quero fazer isso por ela". E era exatamente assim que se sentia em relação a ele, vontade de fazê-lo sentir-se bem, tanto quanto ele a fazia. 
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E depois de muitas risadas e conversas intermináveis, o final de semana terminou cheio de saudade. Nela, a alegria de descobrir que ainda existe gente bonita nesse mundo, gente por quem vale a pena se esforçar para estar perto. Nele, a vontade de tê-la por perto mais um pouquinho, e o convite sincero para que "volte sempre, sempre mesmo!!!".
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"e o perfume da rosa mais enfeitada pra te colorir e te cobrir de bem querer..."
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Sobre o amor e as suas diversas formas de se reinventar...

"Pra te colorir e te cobrir de bem querer" dizia o cartão que alegrou a noite. E ela, que andava triste e descrente dos rapazes, ao ser recepcionada com um buquê de flores, músicas especialmente selecionadas e um sorriso brincando nos lábios, descobriu que ainda existe doçura nesse mundo.
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Ele confessou certa vez, temia que ela fosse como essas meninas comuns, que a gente torce para que "virem pizza" depois de alguns instante ao nosso lado. Mas com ela era diferente, com ela tinha papo cabeça, papo sem cabeça nenhuma, pequenas loucurinhas, sessão fotográfica, estudo de tartarugas, invenção de dialetos tipicamente baianos, tentativas frustradas de aprender algumas regras do futebol, vontade de sorvete à noite, se perder na Ribeira, pôr do sol no Humaitá, e sorrisos, muitos sorrisos, o tempo inteiro. Com ela, ele nem cogitava pôr em prática essa metáfora de "fazer virar pizza". Com ela, ele queria dividir uma salada, uma cama aos domingos, um abraço nos dias frios, uma viagem a Argentina e muitos encontros futuros.
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E ela, já tão cansada de falsas promessas e sorrisos encantadoramente fingidos, mantinha um dos pés atrás, numa tentativa tola de garantir que a queda, quando chegasse a hora, não fosse muito impactante. Mas, incrivelmente, ao lado dele ela não tinha medo de sofrer, ou talvez achasse que por ele valia à pena o risco. E ela tinha aprendido, e pra nunca mais esquecer, que pra viver de verdade a gente precisa ter coragem para se arriscar num futuro incerto, pra se permitir envolver e para levantar e reescrever um novo conto, se preciso for.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Conselhos para moça de sorriso aberto...

Aprende, minha pequena, e de uma vez por todas, que quem te merece de verdade vai sempre encontrar uma forma de vir até você. A vida é tão curta, e você tão bela, que não vale se esforçar tanto para permanecer ao lado de alguém que não sabe se quer estar ao seu lado. Só vale dedicar o seu tempo a quem se importa de verdade em vê-la sorrir, a quem troca um feriado de farra com amigos para passar um final de semana ao seu lado romanceando à beira-mar, a quem dirige 500km (só de ida) para surpreendê-la com uma visita inesperada, a quem se oferece para sair no meio da madrugada pra te comprar um antiinflamatório, só porque comentou que a dor no braço começou a incomodar e você não estava conseguindo dormir, a quem se mostra preocupado com uma tosse boba como se esta fosse um câncer raro, e insiste para que procure um médico imediatamente, a quem se dispõe a perder uma madrugada inteira elaborando trilha sonora para um determinado encontro, a quem passa duas horas esperando num aeroporto lotado com um arranjo de flores nas mãos e ainda te recebe com a maior satisfação do mundo, sem reclamar do atraso na chegada, a quem se oferece para levá-la ao médico, porque naquele horário dificilmente você encontraria lugar para estacionar, a quem passa uma noite de sexta-feira te esinando matemática financeira pelo MSN e acha aquele o programa mais prazeroso pra uma noite, a quem atravessa uma cidade inteira só para vir te trazer um bombom para adoçar o dia. Não se apegue a palavras, pequena, pois elas o tempo leva, a memória apaga. São pequenas atitudes que demonstram o bem-me-quer de alguém. E só vale a pena se esforçar para permanecer ao lado de pessoas que, com atitudes, demonstram que ao nosso lado estão exatamente onde queriam estar. Quanto ao resto, ninguém nunca precisou dele pra ser feliz.
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Não é que acordei me achando hoje?
Agora neguinho me trata mal e eu não deixo.
Agora neguinho quer me judiar e eu mando pastar.
Dei de achar que mereço ser amada.
(Caio F. Abreu)

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Uma visita à cidade maravilhosa que é o Projac! :)

Arrumando as malas... hora de pôr os pés na estrada! :)
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Primeira parada: Aeroporto Internacional de Salvador! Conexão de 4h, nada para fazer e uma ansiedade enorme para chegar logo ao destino final da viagem... solução brilhante? Comer para passar o tempo, diminuir a ansiedade e destruir o trabalho árduo tido com a academia nos últimos dois meses! :)
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Segunda parada: Aeroporto Internacional de Guarulhos... visitinha rápida à terra da garoa, alguns dias matando a saudade do colinho de pai, fazendo compras e descansando para seguir viagem. Papai, se pudesse, teria interrompido minha aventura nesse momento e me guardado numa caixinha só para ele. Mas depois de muitos mimos e birras, acabou cedendo e liberando um pouquinho de mim para a cidade maravilhosa. :)
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E lá vamos nós pegar estrada novamente... próximo destino: Aeroporto Internacional de Campinas!
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E depois de um atraso de quase 5h no vôo (e abro um parântese para dar uma dica valiosíssima: NUNCA viagem pela Azul, o serviço deixa muito a desejar) e de enfrentar uma super turbulência, enfim na cidade maravilhosa! :)
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E o Rio me recebeu assim, aos prantos...
Mas nem me importei com o clima ruim, pois apesar do frio que fazia lá fora,
eu estava com o coração em pleno verão! :)
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E depois dessa maratona de vôos, espera, chuva, turbulência e de passar a noite de quinta inteira matando a saudade de pessoas queridas, pensa que sobrou tempo para descansar?! Que nada... a viagem era curta e não queria perder um minuto sequer da aventura. Fomos dormir às 2h da manhã e na sexta às 8h partimos para o Projac... 
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E Voilá, devidamente credenciada na Central Globo de Produção! :)
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e minha manhã de sexta estava assim, transbordando alegria! :)
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Depois de algumas apresentações, lá fomos nós, iniciar a preparação para sair da cidade do Rio de Janeiro de 2012 e ingressar em Ilhéus de 1940!
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Primeiro (longo) dia de gravação,
devidamente caracterizada e pronta para entrar em cena! :)
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Com a querida Fabiana Karla...
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Aproveitei a hora de almoço para visitar o Bataclan de Maria Machadão...


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O cinema de Ilhéus em 1940...
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E realizar meu sonho de infância de andar no carrinho "de golfe" do Projac! =D
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Aproveitei o tour ainda para tietar (e receber alguns olhares feios por estar passeando pelo Projac com o figurino de "Gabriela". rs)
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 Marcos Pasquim (Cheias de Charme)
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Adauto (Avenida Brasil)
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E fazer uma visitinha a Tufão... :) 
(cidade cenográfica de Avenida Brasil)
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Mas como nem tudo são flores e a Globo não é nem um pouco boba de pagar pra gente passar a tarde passeando pelo Projac, de volta ao trabalho... Marcação da cena em que o coronel Jesuíno mata Sinhazinha e Osmundo com Marcos Raphael.
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E novamente lá fui eu quebrar as regras e ser olhada de cara feia por fotografar a equipe gravando a cena onde as senhoras de Ilhéus descobrem que o Coronel Jesuíno matou a sinhazinha e o dentista...Ok, produção, sem mais flash's, prometo! =D
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Em cena... (Mãe, tô na Globo! \o/)
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Enfim, completamos 8h de trabalho!!! Pensa que fomos liberados para o curtir o friozinho gostoso que estava fazendo no Rio e desbravar a cidade maravilhosa?! Naaadaaa... queridíssima Globo nos deixou de castigo esperando anoitecer para gravar as cenas noturnas. E enquanto aguardávamos, lá fomos nós para mais uma sessão fotográfica! =D
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E depois de quase 10h de trabalho, chegou ao fim o primeiro (longo) dia de gravação. Eu estava morta de cansaço, com os pés doendo, com fome e morrendo de frio (porque sou sortuda e peguei chuva durante os 6 dias que passei no Rio, Ráh! :p), mas fascinada por aquele mundo... Se fábrica de sonhos existem, certamente elas estão localizadas na Estrada dos Bandeirantes, em Curicica, Rio de Janeiro, e eu tenho que admitir, estava adorando conhecer a Globo que existe por trás das câmeras!
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Sexta a noite e cadê a energia para sair tendo que estar de pé no outro dia às 7h da manhã? Minha vontade foi vencida pelo cansaço. Aproveitamos o fim de noite (porque a querida Globo só nos liberou às 21:30h) para relaxar! :)
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E às 7h, de volta ao Projac. Se estava cansada?! Bom, dormi umas 5h na noite de quinta e mais umas 5h na noite de sexta... então, acho que não seria ninguém sem esses óculos escuros que pareciam grudados na minha cara até a hora em que fui obrigada a tirar para trocar de roupa...
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E lá vamos nós... 2º dia de gravação e sem tantas fotos no cartão de memória, porque, né, uma hora a gente tem que deixar de ser cara de pau e respeitar as regras do lugar. :p
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Mas como nem toda mudança ocorre bruscamente, não consegui abandonar o hábito tão rápido... e escondidinha, entre uma troca de figurino e outra, voltei aos flash's. Mas dessa vez fui mais discreta e não percebi nenhuma cara feia me olhando. Ráh! :) 
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p.s.: foi mal, produção, sei que prometi, mas TINHA que registrar esse momento. rs.
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Com a Juliana e a Vanessa...
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Com o "moço bonito"... e super simpático! :)

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E para não abusar demais da boa vontade da produção, me contive e durante o segundo (longo) dia de gravação só tirei essas fotos... :)
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Descansando para o próximo round...
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E pra não dizer que não falei das flores... festa! Sábado à noite o queridíssimo maquiador super top da Rede Globo, Rafinha Nsar, me levou para conhecer uma Boate na cidade maravilhosa, me senti na Bahia com o show de Harmonia do Samba e Aviões do Forró!
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Na "segunda sem lei", mais uma baladinha... dessa vez sob o agito de um cantor que não conhecia, mas que virei fã. Voltei para Bahia ao som de "Whisky ou água de côco, pra mim tanto faaaaz".
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De volta ao trabalho e me esforçando (com sucesso) para superar o vício de fotografar tudo... 
Na segunda-feira, durante as 8h de gravação, tirei UMA única foto!!!
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Com o Henri Castelli... 
                                                      
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E na terça-feira, meu último dia de Projac (pasmem), NENHUMA foto! Demorei, mas aprendi a seguir as regras do lugar direitinho!!! (tá, confesso, a verdade foi que esqueci de levar a máquina nesse dia... rs).
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Depois de seis dias de muitas aventuras e emoções, enfim, de volta pra casa e com algumas boas lembranças na bagagem. O que ficou de tudo isso? A certeza de que, para viver de verdade, a gente precisa ter coragem para se arriscar num futuro incerto. Definitivamente, viver é bem melhor que sonhar! :)

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Aos 22, acho que endureci um pouco...

Eu já prometi esperar para sempre por uma pessoa que morava em uma cidade distante da minha e que eu tinha acabado de conhecer, e em troca recebi uma promessa de amor eterno. Eu tinha 13 anos, ele 16, e nós realmente esperamos um pelo outro, e pra nossa sorte, a promessa foi cumprida e nos amamos eternamente por longos anos.
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Eu ouvi o primeiro “te amo” da minha vida desse rapaz a quem jurei amor eterno, aos 13 anos, no meio de um suspiro, bem baixinho, ao som do "último romântico" do Lulu Santos. Eu não entendi direito e o fiz repetir. Quando ouvi, falei milhares de vezes "eu também te amo, te amo, te amo, te amo, te amo.” Eu nunca tinha dito antes, e falei tudo isso sem medo e acreditando na reciprocidade do sentimento. Era sincero, eu sei.
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Eu já passei uma madrugada inteira acordada na beira da praia ao lado desse namorado que morava longe só para conversar e matar a  saudade de tantos meses sem vê-lo.
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Eu já decorei o "soneto da fidelidade" só para recitá-lo pra quem eu gostava em um dia dos namorados.
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Eu já gravei um cedê de MP3 com todas as músicas que tinham a ver com a minha história com um namorado, e fiz um encarte personalizado com todas as nossas fotos, só porque ele passou no vestibular e ia embora, como se fosse um pedaço nosso que ele levaria para não sentir falta.
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Eu já sacolejei por horas dentro de ônibus desconfortáveis só para dividir algumas boas risadas e uns drinks com alguém muito querido. E as alegrias do momento sempre costumavam fazer as viagens desconfortáveis valerem a pena.
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Eu já recebi um cartão de natal destinado a "Charlize Theron", tendo como destinatário "Keanu Reeves", dizendo que quando a pessoa olhava em meus olhos, se sentia melhor, pois naqueles dias de "Doce Novembro" eu tinha sido seu anjo azul. E eu o guardei por muito tempo, como se fosse um amuleto que sempre me fazia rir nos dias ruins.
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Eu já vivi um romance de verão e com um moço bonito que me disse uma vez que para viver de verdade a gente precisava arriscar algumas coisas na vida. E eu arrisquei, e cheguei até a cogitar aceitar o convite que ele havia me feito de largarmos tudo em um fim de semana qualquer e fugir "pra Califórnia, pra viver a vida sobre as ondas e ser artista de cinema". :)
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E quando olho para trás percebo que eu já fui bem mais romântica do que sou hoje, e bem mais confiante na sinceridade dos sentimentos alheios, mas acho que endureci um pouco quando pessoas de caráter duvidoso cruzaram o meu caminho. Como diria meu autor preferido e grande conhecedor da alma feminina, "desacreditei muito das coisas, sobretudo das pessoas e suas boas intenções". E apesar de rir e fingir não me importar, eu me importo sim, pois perdi o que mais gostava em mim, a capacidade de me envolver sem medo. Eu gostava muito de quem eu era, e gosto de lembrar de quando as coisas eram assim, tão mais simples e sinceras.
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Aos 14 anos, comemorando 1 ano de namoro com
o moço desconhecido que me jurou amor eterno. :)

sábado, 9 de junho de 2012

Coragem é aceitar doer inteira até florir de novo.

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Tem esse moço, Maria, e lembrar dele sempre me faz sorrir. Sozinha, acompanhada, na beira da estrada ou no meio de uma rua qualquer. E nem preciso fazer esforço algum, só lembrar do sorriso compartilhado e dos conselhos dividos entre uma conversa e outra. E o mais estranho é que só o vi duas vezes na vida,  talvez nunca mais o verei, e ele nem deve lembrar direito das coisas que me disse naquele fim de noite à beira mar, mas desde então, elas tem me inspirado a seguir, a arriscar, e principalmente a entender, e de uma vez por todas, que há tanta vida lá fora, tanta coisa mais importante que sofrer por alguém, tantos lugares a conhecer, tantas pessoas a nos encantar. Espero um dia conseguir chegar onde ele disse que eu merecia estar. E é assim que a gente vai vivendo, sabe? Errando pra aprender. Caindo pra levantar. Chorando pra aprender a sorrir. Aceitando doer inteira até florir de novo. E conhecendo pessoas queridas pelo mundo pra saber quem realmente vale a pena ter por perto. Espero que você nunca se esqueça disso, minha Maria.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Eternizando momentos.

Isso é uma coisa que ainda me agrada muito, eternizar momentos. Seja através de um bilhetinho escrito às pressas e guardado com todo carinho, seja através do papel de um bombom dado apenas para adoçar o dia, ou seja através de fotografias como essa, que, para alguns desavisados, nada representam, mas para quem estava presente e reconhece o contexto, eternizam o momento. E ontem foi um desses momentos que merecem ser eternizados...
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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Um viva aos poucos e bons! :)

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Após o fim de um relacionamento ao qual me dediquei muito, exclui todas as fotos existentes para evitar encontrá-las por acaso e acabar revivendo sentimentos passados. Mas agora a pouco, revirando arquivos antigos no computador, acabei encontrando a única foto sobrevivente e lembrei do comecinho da história, há quase um ano, quando resolvi me aventurar em algo que poderia ter dado muito certo, não fosse por algumas maldades alheias.

Confesso que por uns instantes fiquei triste ao lembrar o tanto de coisa ruim que as pessoas são capazes de fazer pra destruir alguém. Mas logo em seguida me alegrei ao perceber que essas pessoas são minoria, e que não tem muita força quando comparadas às pessoas que nos querem bem. Como tudo nessa vida tem um lado bom, o dessa história foi ter me dado a oportunidade de  conhecer tanta gente bacana enquanto me encontrava no momento ruim. Pessoas que aturaram todas as minhas crises, lágrimas, desabafos, que se empenharam em me fazer sorrir, e que comemoraram comigo quando, enfim, os sorrisos voltaram. Pessoas que estão na minha vida para o que der, o que não der, o que vier, e mesmo se não vier. É sempre bom lembrar que existem pessoas por aí que desejam e torcem pela nossa felicidade. E são pessoas como essa que me fazem continuar acreditando que existe muita GENTE de verdade no mundo, porque tem gente por aí tão fingida que até engana que é gente.
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E daqui pra frente eu quero estar cercada só de gente de verdade e de quem me faz sentir bem, com aquela sensação de que parece ter ar no coração.
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sábado, 12 de maio de 2012

"O mundo está ao contrário e ninguém reparou..."

Eu tive a sorte de viver, logo no início da vida, um amor de verdade, daqueles que parecem encontro de almas, daqueles que você sabe que vai ser pra sempre, daqueles que, passado o tempo que for, continuarão sempre ali por você. Com ele eu aprendi a ser doce, tão doce como jamais imaginei que pudesse ser. Ele me deu o que de melhor havia no mundo, os melhores sorrisos, a melhor companhia, os melhores planos e sonhos, e não é de se estranhar que eu tenha me tornado extremamente seletiva e exigente depois dele.
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Os que vieram depois me ajudaram a endurecer, a desacreditar... A verdade é que sinto falta de quem eu era no início, com o moço dos sonhos que me ensinou a ver estrelas. E, às vezes, me pergunto se ainda existem pessoas por aí acreditando no mesmo que eu. Porque eu ainda sonho com a vida a dois, com uma relação verdadeira, de deitar a cabeça no peito do outro e ser feliz até o amanhecer.
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Mas parece que o mundo não quer mais gente assim. As pessoas decidiram beijar quantas bocas forem possíveis, sem ir fundo no encontro, sem ser parceiro de caminhada. Mulheres dormem com homens que mal conhecem. Homens traem parceiras de vida por uma satisfação momentânea. Ninguém mais faz planos reais e duradouros com ninguém, e quando você tenta planejar, a pessoa se assusta e foge. Infelizmente, Nando, o mundo realmente "está ao contrário e ninguém reparou". E eu a cada dia menos acredito no ser humano, na verdade dos sentimentos alheios.  A vida tem me mostrado o quanto os corações andam cérebros e quanto os cérebros andam superficiais.

domingo, 6 de maio de 2012

Formatura dos meus queridos! :)

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Foi com grande emoção que recebi o convite de formatura da minha querida turma de Jornalismo da UFRB. Nem preciso dizer que morro de saudade dos finais de semestre que passamos naquela bagunça de jornais por todos os lados, artigos pra escrever, projetos de pesquisa para concluir, eventos pra organizar, carros de som atrapalhando a aula para anunciar a morte de mais um cidadão 'cachoeirano', ar-condicionado quebrado, e muito calor nas salas de aula. E era assim, contando o número de noites sem dormir, falando sobre o tamanho do cansaço, filando aula para ir ao bar da Gel, ocupando a reitoria, rindo da desgraça própria e da alheia que a gente ia se conhecendo, e no meio de toda aquela bagunça, se tornando amigos. E hoje é uma honra pra mim ser convidada para dividir essa conquista com vocês. Parabéns por terem chegado até aqui de uma maneira tão brilhante. E muito sucesso daqui pra frente, queridos. Vocês merecem! :)