segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

E por falar em saudade...

Saudade… uma das minhas palavras preferidas. Parece até que já tenho mestrado, doutourado e PhD. em saudade, porque estou constantemente com saudade de alguém ou de algum lugar. E tem gente que não faz ideia de como as saudades podem ser diferentes. Tem aquela saudade de um tempo que a gente sabe que não volta. Essa é uma saudade conformada. É o que sinto olhando álbuns de quando era criança. Saudade de correr pra cama da minha vó e me agarrar a ela quando acordava assustada por ter tido um pesadelo. Saudade de passar as madrugadas fuçando os presentes embaixo da árvore de Natal com minha prima, só para saber se Papai Noel tinha atendido nossos desejos. Saudade, por incrível que pareça, das férias em Canavieiras.
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Aliás, tem essa outra saudade meio esquisita, que é a que sinto de Canavieiras. Porque é, de um certo modo, controlada. Afinal, todas as férias eu vou pra lá, faça chuva ou faça sol. É uma saudade intensa, que sempre aparece no final do ano, quando o verão começa a dar o ar da sua graça. Falar em Canavieiras no verão é falar em saudade. Saudade das festas de Ano-Novo, do amigo secreto, das madrugadas vendo filme com minha prima, do baralho, dos amigos que iam pra lá todo final de ano, da moqueca de peixe, das tardes na rede. Saudade das novas amizades feitas a cada férias, das brincadeiras durante as madrugada, dos jogos, dos banhos de piscina no meio da noite enquanto toda a pousada dormia, e das caminhadas intermináveis na beira da praia.
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Tem ainda aquela saudade gostosa, que faz brotar sorriso no rosto. É a que sinto sempre que lembro de algo ou alguém que me fez sentir especial. Ah, tem também a saudade antecipada. Aquela de quando a gente ainda tem uma coisa, mas sabe que vai perder. Pior ainda é quando tem data marcada pra perder. Foi a saudade que eu senti quando decidi voltar a morar em Itabuna. Eu sabia que ia morrer de saudades de Cachoeira, dos amigos que fiz por lá, dos professores, da menina que dividia a casa comigo, de Helena, das farras na praça 25, de não ter hora pra sair, nem pra voltar, de atravessar a ponte no meio da madrugada, de passar as tardes conversando na praça, das inúmeras praças, de sair para tirar foto e fazer matérias para o jornal mural, de assistir aquele pôr-do-sol indescritível sempre que saia da aula, de almoçar lasanha todos os dias, rs, e já sofria antes do tempo, sem fazer idéia de como é infinitas vezes pior quando é de verdade.
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Mas, dentre todos os tipos de saudade, talvez a pior de todas seja aquela que a gente não faz ideia de quando vai ter de volta o que foi embora, se é que vai ter de volta algum dia. É a que dói mais, porque ainda fica uma esperança bem lá no fundo, nos forçando a acreditar que aquilo volta um dia, mesmo que seja pra esperar pra sempre. Na maioria das vezes a esperança vai sumindo devagarzinho, e a saudade pára de machucar tanto. Mas, às vezes, principalmente quando o caso é de amor, mesmo que a gente nem acredite mais em nada, a maldita só aumenta, só faz machucar mais ainda, e não dá pra pensar em outra coisa. Mas saudade, apesar de doer, apesar de tudo, é legal. Só dá pra ter saudade do que foi bom, não é? :)

domingo, 20 de novembro de 2011

Querido John,

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Quando penso em você e eu e no que compartilhamos, sei que para os outros seria fácil menosprezar o tempo que passamos juntos simplesmente como um subproduto dos dias e noites à beira-mar, uma “aventura” que, a longo prazo, não significa absolutamente nada. É por isso que não conto às pessoas sobre nós. Eles não iriam entender, e não sinto necessidade de explicar, simplesmente porque sei em meu coração como foi real.

Nós vivemos algo maravihoso e quero que você nunca se esqueça disso. Você é raro e lindo, John. Eu me apaixonei por você, mas, acima de tudo, conhecer você me fez perceber o que realmente significa o amor verdadeiro. No futuro, sei que vou reviver o tempo que passamos juntos mil vezes, vou ouvir seu riso, ver seu rosto e sentir seus braços em torno de mim. Vou sentir falta de tudo isso, mais do que você pode imaginar.
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Não sei por onde você anda no mundo, Jonh, e sei que perdi o direito de saber disso há muito tempo. Mas não importa quantos anos se passem, sei que uma coisa continuará verdadeira como sempre: nos vemos em breve. Vamos nos reencontrar, eu sei. Eu sinto. Assim como sinto o quanto você se importa comigo e o quanto eu te amo. Sinto no meu coração que não acabou, e que vamos superar isso. Muitos casais conseguem. E os que não conseguem é porque não têm o que nós temos. E não importa o que o futuro traga, você sempre será meu amor verdadeiro, e sei que minha vida é melhor por causa disso.

Com amor,
Savannah.
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Ps: para quem já viveu um amor assim, esse é um dos filmes mais belos e tocantes da atualidade. E para os que não acreditam, posso garantir, existem sim amores como o de John e Savannah.
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sábado, 12 de novembro de 2011

"Amar é bom, se a gente se gosta tudo se endireita..."

Era um sábado, início de madrugada, quase domingo, e eu estava voltando pra casa depois de um dia inteiro sem parar um minuto, e pensando em escrever sobre como namorar pode ser, digamos, estressante às vezes.
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Porque é ótimo quando vocês estão juntos, de férias, em casa, e você é a única coisa que ele tem pra dar atenção, e vice-versa. Mas depois de voltar para a vida real, que tem faculdade, trabalho, estágio, provas, finais de semestre, celular que descarrega, horários que não batem e otras cositas más, a história vai ficando complicada.
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Porque o tempo acaba sendo tão corrido que tudo tem que ser friamente calculado se quisermos almoçar juntos na segunda-feira, ou assistirmos a um filme na sexta à noite, porque eu quero estar linda, bem-humorada e sexy o tempo todo, mas ao invés disso ele só me vê cansada ou nervosa e com uma pilha de livros embaixo do braço.
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Porque às vezes eu quero que ele diga a coisa certa na hora certa, e que seja incrivelmente romântico na mosca, mas ele obviamente não lê meus pensamentos, e só é quaaase romântico, e eu fico pensando em como sou exigente demais e em como mulher é complicada. Porque eu tinha que prever certas situações e não consigo. Porque eu tenho esses dias de TPM de ficar insegura, ou achando que fiz besteira, ou que não sou interessante o suficiente e ele vai enjoar de mim a qualquer momento, e  todas essas coisas down que aparecem de vez em quando na cabeça da gente.
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Mas aí ele me abraçou forte dia desses, e me sorriu com os olhos, e disse a coisa certa na hora certa. E eu me lembrei do comecinho, quando deixei acontecerem as coisas com ele sem pensar muito, e não tinha certeza de nada, e pensava que podia estar entrando numa fria, e ficava com medo. Pois hoje o medo foi embora e a certeza fez jus ao nome e ficou. Vamos dar certo sim! Como eu sei? Eu só sei. :)
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" Mas se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola, 
                                                        e refaço, colo, pinto e bordo... "

domingo, 28 de agosto de 2011

59 coisas fúteis que ninguém precisa saber sobre mim, mas que vou contar mesmo assim...

1 - Acredito em vida após a morte e em contato com seres de outras dimensões.
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2 - Eu tenho hiperfoco. Se estou realmente concentrada em algo, uma pessoa pode falar comigo e eu simplesmente não escuto. Pode uma explosão acontecer do meu lado que eu nem percebo.
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3 - Também sou distraída. Já tentei mil vezes abrir a porta do carro com a chave de casa, além disso, já tentei sacar dinheiro no caixa eletrônico com a carteirinha de estudante, e ainda me senti no direito de ficar desesperada quando apareceu a mensagem de que a operação não poderia ser realizada (medo de mim. rs).
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4 - Meu humor muda da água para o vinho em questão de segundos. E desmuda em questão de milissegundos. Basta uma cara feia e eu me aborreço. Basta um sorriso e eu me derreto.
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5 - Qualquer paixão me diverte. Seja um texto, uma música, um blog interessante, um livro... quando conheço algo que me chama atenção e me agrada, logo me auto-intitulo apaixonada e faço questão que as pessoas também conheçam e se apaixonem. A paixão do momento tem sido o seriado "Lie to me" - recomendo, aliás.
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6 - Já passei um mês inteiro de férias escolares fazendo caligrafia com a mão esquerda, só pra ter o prazer de dizer pra todo mundo que eu escrevia com as duas mãos. rs.
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7 - Tenho 1,53 de altura. Por muito tempo me estiquei levemente na hora da medida pra me convencer que tinha 1,55. rs.
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8 - Se houvesse um gênio da lâmpada, depois de pedir saúde eterna pra mim e para a minha família, eu pediria como último desejo uns sete centímetros a mais de altura. Com eles eu não precisaria passar 24h de salto, nem colocar o banco do carro grudado no volante para conseguir apertar a embreagem até o fim. Minha qualidade de vida melhoraria MUITO.
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9 - Pessoas que falam as coisas e depois dizem que é brincadeira, me confundem.
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10 - HOMENS me confundem.
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11 - Pessoas me confundem.
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12 - Só o google me esclarece tudo.
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13 - Eu escrevo pra desabafar, e na maioria das vezes, quando estou triste.
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14 - Escrevi meu primeiro conto aos 8 anos: a história de um monstrinho que devorava todos os bichos da floresta e um dia se viu refletido no rio, aí ele bebeu toda a água pra comer o bicho que estava lá no fundo e ploft!, explodiu. (medo de mim², rs).
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15 - Adoro fazer programa de gordinha tensa nos finais de semana preguiçosos, com direito a muito filme açucarado, vinho e brigadeiro para acompanhar.
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16 - Eu não sei cantar. Mas amo, e canto mesmo assim.
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17 - Já pedi a lua de presente de natal. Como era impossível, me contentei com um mp3.
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18 - Na terceira série convenci um garotinho da minha classe que eu era um "entrante". Não sei até hoje o que isso significa, mas ele acreditou. :O. rs
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19 - Um dia, há um bom tempo atrás - na última copa do mundo, pra ser mais exata - eu quis casar com o Kaká. (?!?!?!).
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20 - Já fiz greve de fome e fiquei de luto por uma galinha (galinha mesmo, dessas que fazem cocoricó, e não galinha no sentido figurado - sempre bom explicar. rs).
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21 - Tenho 2 cicatrizes do lado direito do corpo. E inúmeras do lado esquerdo (levando em conta as do coração).
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22 - Odeio academia. Mas frequento mesmo assim.
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23 - Não consigo passar um dia sem pintar a unha.
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24 - Minha intuição é tão certeira que às vezes me assusta.
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25 - Eu sou chorona. Eu choro de tristeza, de alegria, de emoção, de raiva, de saudade (choro muito de saudade), com filmes românticos, quando me mandam musiquinhas que não conheço e que - mesmo assim - alguém se lembra de mim quando as escuta.
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26 - Abro a geladeira pra pensar. Numa dessas, já esqueci o celular dentro do congelador.
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27 - Eu adoro canetas, mas tenho várias sem tampa, ou com tampas trocadas, já que vivo tirando as tampas para que as canetas sirvam para prender meu cabelo.
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28 - Eu sou intensa. Se eu gosto de você, eu gosto absurdamente muito. Se não gosto, torço pra que não chegue perto de mim.
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29 - Acho uma bobagem essa reforma ortográfica. E ainda não aprendi a usar a nova grafia.
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3o - Só sei dirigir descalça.
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31 - Não gosto de carne de porco - como se não tiver outra coisa. Aliás, como qualquer coisa se não tiver outra coisa, menos lambreta. Lambreta não como. Lambreta nem sob tortura.
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32 - Estou sempre fazendo várias coisas ao mesmo tempo.
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33 - Amo cinema. (principalmente em boa companhia).
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34 - Tenho memória seletiva. Só guardo o que foi bom. Talvez por isso eu viva constantemente nostálgica, sentindo saudade do que passou.
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35 - Música. Não vivo sem.
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36 - Coca-cola. Não vivo sem.
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37 - Chocolate. Não vivo sem.
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38 - Sou observadora. Por isso escrevo.
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39 - Pessima falante. Por isso escrevo.
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40 - Ótima ouvinte. Por isso escrevo.
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41 - Meu cérebro trabalha na velocidade da luz. Por isso escrevo.
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42 - Já quis ser freira. (!?!?!)
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43 - Guardo TUDO que me traz boas lembranças - cartas, cds, fotos, caixinhas, ursos, colares, pingentes, roupas, históricos de msn, mensagens no celular, e até passagens de ônibus/avião que me lembram momentos especiais. Não me desfaço de nada.
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44 - Adoro vestidos e salto alto. Me fazem sentir sexy.
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45 - Gosto de chamar todo mundo por apelidos ou abreviações. Mas não gosto de repetir os apelidos.
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46 - Tenho mania de anotar números de telefone na agenda sem anotar a quem pertencem. O que geralmente me causa algumas dores de cabeça.
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47 - Tenho nojo de barata.
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48 - Sou claustrofóbica. Coisa de suar gelado, ver tudo preto e perder a consciência se ficar num ambiente fechado por muito tempo.
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49 - Irônica.
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50 - Bem-humorada. Muito. Mesmo. E isso não é uma ironia.
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51 - Tímida. E isso também não é uma ironia.
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52 - Discreta. Pra mim, menos é sempre mais.
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53 - Sincera.
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54 - Doce. Muito doce.
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55 - Oito ou oitenta.
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56 - Teimosa.
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57 - Gentil.
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58 - Sentimental. Muito.
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59 - Acredito SEMPRE no melhor das pessoas, apesar de ter dado de cara com muita gente de caráter duvidoso pelo mundo.
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segunda-feira, 18 de julho de 2011

A sorte de um amor tranquilo...

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Relacionamento a gente constrói dia após dia. Dosando paciência, silêncios e longas conversas. Engraçado que quando a gente pára de acreditar em “amor da vida”, um amor pra vida da gente aparece. Sem o glamour da alma gêmea. Sem as promessas de ser pra sempre. Sem as tais borboletas no estômago. Sem noites de insônia. É uma coisa simples, do tipo: você conhece o cara, começa aos poucos a admirá-lo, a achá-lo FODA, e, quando vê, você tá fazendo coraçãozinho com a mão igual a um pangaré, escrevendo textos no blog para que ele entenda uma coisa: dessa vez, meu caro, é DIFERENTE. Adeus expectativas irreais, adeus sonhos de adolescente. Ele vai esquecer todo mês o aniversário de namoro, mas vai se lembrar sempre de ligar o som do carro toda vez que você entrar, e que seu tira-gosto preferido no restaurante japonês é o pastel de coalhada, e ainda, que você não consegue dormir se o lençol da cama não estiver beeem esticado. Ele não vai fazer declarações românticas nem jantares à luz de vela, mas vai saber que você está de TPM no primeiro “Oi”, te perdoando docemente de qualquer frase dita com mais rispidez.
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Ah, gente, sei lá. Descobri que gosto mesmo é do amor. Da paixão, não. Depois de anos escrevendo sobre querer alguém que me tire o chão, que me roube o ar, venho humildemente me retificar. EU QUERO ALGUÉM QUE DIVIDA O CHÃO COMIGO, QUERO ALGUÉM QUE ME TRAGA FÔLEGO. Entenderam? Quero dormir abraçada sem susto. Quero acordar e ver que, aconteça o que acontecer, tudo vai estar em seu lugar. Sem ansiedades. Sem montanhas-russas. Antes eu achava que, se não tivesse paixão, eu iria parar de escrever. Mas, caramba, descobri que não é nada disso. Não existe nada mais contestador do que amar uma pessoa só. Amar é ser rebelde. É atravessar o escuro... Mas amor não é só poesia e refrão. Amor é reconstrução. É ritmo. Pausas. Desafinos. E muitos desafios.
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Demorei anos pra concordar com meu querido Cazuza: “eu quero um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida”. Antes, ao ouvir essa música, eu sempre pensava (e não dizia): porra, que tédio!
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Ah, Cazuza! Ele sempre soube.
Paixão é para os fracos. Mas amar - ah, o amor! - AMAR É PUNK.
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(Texto de Fernanda Mello – adaptado por Samille Silva para Rodrigo Moreira, que é o meu amor tranquilo! :])
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domingo, 5 de junho de 2011

Pré-conceitos.

É impressionante como as pessoas sempre tem uma opinião formadíssima sobre as outras. E mais incrível ainda é que essas pessoas muitas vezes nem te conhecem, são conhecidos que te viram uma vez na vida, são colegas de faculdade que muitas vezes nem bom dia te dão, são amigos dos amigos, parentes distantes, aqueles desconhecidos íntimos que passam por você todos os dias, na mesma hora e no mesmo local, ou aqueles que estudaram na mesma escola que você há milhares de anos. Eles muitas vezes nem lembram o seu nome, mas se questionados, certamente vão ter uma opinião formada sobre você. Muito gorda, branca demais, cara de metida, sem sal, magrela, exagerada, espevitada... Sempre terão as mais absurdas e complexas opiniões.
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Eu só queria saber o porquê de tanto bloqueio. Isso não é uma crítica aos outros, é pessoal. Incluo-me no grupo dos que tem opiniões, respostas e idéias pré-estabelecidas, pré-concebidas. Não sei nem o seu nome, mas arrisco uma análise psicológica detalhada, incluindo até possíveis traumas de infância em apenas 3 minutos de conversa. Isso faz parte do ser humano, são sentimentos primitivos que crescem ao longo dos anos. Mas arrependo-me ao pensar quantas pessoas fantásticas posso ter deixado passar pela minha vida por estar bloqueada, presa nessa gaiola dos pré-conceitos, das opiniões pré-estabelecidas. São medos e pequenas vaidades que nos afastam das pessoas. Por exemplo, o meu bloqueio logo gritava quando conhecia alguém que "iscrevia açim totaumenti eradu", ou que se vestia tipo mulher qualquer fruta. Enfim, era algo que não conseguia evitar, por mais que eu soubesse que isso era errado, pré-estabelecia que aquela pessoa não se encaixava, não servia, não combinava com meu mundo, com minhas convicções.
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Porém, fui vitima do meu próprio veneno, e só a partir dai repensei minhas atitudes e parei para escrever isso. Venho me irritando frequentemente com pessoas que tem usado adjetivos queridos para me descrever, o problema não é o julgamento, o problema é pré-conceber um julgamento antes mesmo de conhecer e de ter um dialogo decente com a outra pessoa. Conhecer realmente alguém vai muito além do banal e cotidiano "oi. Bom dia". Tem gente que vê meu álbum no Facebook e acha que sabe tudo sobre a minha vida, pelo meu jeito de falar pode diagnosticar meus complexos e traumas, se me perguntar as horas então, é capaz de detalhar a minha personalidade. Eu espero que as pessoas procurem fundamentar melhor suas opiniões sobre mim e sobre os outros. Não sou só isso, ou só aquilo, tenho um contexto, sou na verdade um apanhado de qualidades e defeitos, e só conhecendo realmente para gostar ou não. Também prometo que vou fazer minha parte, quando perguntarem sobre uma pessoa que eu não conheço, vou me limitar ao singelo e prático: Não sei, não conheço!
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"Pessoas inteligentes falam sobre idéias,
pessoas normais falam sobre coisas,
pessoas medíocres falam sobre pessoas. "
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(Platão)
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domingo, 29 de maio de 2011

Deixa eu dizer,

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Tenho reaprendido a conjugar no plural. E tem sido bem bom. Sério.
Não experimentava uma coisa assim há um bom tempo.
" de se querer bem, de se querer quem se tem. "
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ps.: me faz tão bem, que eu também quero fazer isso por ele. :)
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sábado, 28 de maio de 2011

INTENSIDADE!!

Dizem que depois dos vinte a vida passa tão depressa, a minha está passando e eu não tenho mais tempo a perder com sorrisos amarelos, com abraços frouxos, com noites sem dias seguintes, com pessoas que não se dão. Quero intensidade, correr riscos, me atirar, fazer poesias em dias de chuva, rir sozinha no meio da rua e sentir o coração batendo forte, descompassado. Eu não quero alguém que eu tenha que me entregar pela metade, nem quero receber metade de ninguém. Eu queros abraços apertados, olhos brilhando em minha direção e aquela certeza de que ao meu lado a pessoa está exatamente onde gostaria de estar.
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ps:. se não for para voar bem alto, por favor, não me faça tirar os pés do chão.
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. "." Não é que acordei me achando hoje?
Agora neguinho me trata mal e eu não deixo.
Agora neguinho quer me judiar e eu mando pastar.
Dei de achar que mereço ser amada. "
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(Caio F. Abreu)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Daquilo que só o Caio entende...

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Ela explicava, sorrindo, um sorriso diferente dos que costumava sorrir:
- Quando a gente gosta mesmo duma pessoa, a gente faz essas coisas.
Calou um momento, depois acrescentou:
- Faz até pior.
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(Caio F. Abreu)
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quinta-feira, 19 de maio de 2011

E quando a pessoa certa aparece na hora errada?!

Tem algo que todos temos em comum: o desejo de encontrar alguém especial. Alguém que faça nosso mundo virar de pernas pro ar e nossa vida ganhar uma nova tonalidade. Esperamos por alguém bonito, inteligente, carinhoso, sexy, atencioso e com quem possamos ser nós mesmos. Esperamos por aquele encontro que ainda nem terminou e já nos deixa desejando o próximo, por aquela mania que ele tem de fazer coisas que você não gosta só para provocá-la e depois rir da sua cara emburrada, pela maneira como ela faz manha quando diz que está doente e precisa de colo, pela forma intelectual com que ele tenta ajudá-la com os trabalhos do estágio, pelo sorriso sapeca que só ela sabe dar. Mas o que acontece se essa pessoa aparecer na hora errada?
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Já perdi as contas de quantas vezes ouvi reclamações de amigos sobre os momentos inoportunos em que o cupido resolveu fazer o seu trabalho. E as desculpas para puxar o escudo e não se deixar envolver naquele momento são sempre as mesmas: falta de tempo para assuntos pessoias, planos inadiáveis que já haviam sido feitos antes daquela pessoa certa aparecer, decepções recentes ou medo de se envolver e se machucar. Posso confessar? Nenhuma delas me convence.
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Sou do time do Lulu Santos, atualmente está tão difícil encontrar alguém bacana, que quando um certo alguém desperta um sentimento, pra que resistir? Ah, gente, paixão é inesperado, é sintonia, afinidade, admiração. Paixão é contato, é olhos nos olhos, é química, desejo, atração. Paixão é imprevisto, não marca hora pra chegar, e a graça está justamente em sermos surpreendidos por ela... Mas, o que fazer se o sentimento aparece justamente quando estamos com outros planos em mente ou ocupados demais para nos rendermos a ele? Devemos colocá-lo em stand by? Devemos convidá-lo para sentar, tomar um café e pedir que esperem nossos corações despertarem para vivê-lo? Será que não é pedir demais?
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Eu acredito que quando alguém quer estar junto, está. Não tem isso de "não é a hora certa", "preciso colocar a cabeça no lugar" e muito menos "não quero correr o risco de te machucar". Quem gosta, quer. E quem quer de verdade não dá espaço pra outro conquistar a pessoa querida. Além do mais, como saberemos se um sentimento será bom ou ruim se não nos arriscarmos a vivê-lo? Por isso sou a favor de tentar, cair, sorrir, chorar. Entregue-se, arrependa-se, apaixone-se. Mas nunca questione se é ou não a hora certa, simplesmente porque não existe um momento exato para nos rendermos a alguém, a um sentimento, a um pressentimento. Confie no destino, confie no seu coração, confie em quem o acaso fez esbarrar em você.
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." quando um certo alguém desperta um sentimento,
é melhor não resistir e se entregar..."

sábado, 14 de maio de 2011

Antes de ser amor, tem que ser amizade.

Eu nunca vou querer como parceiro de vida quem eu não posso ter como amigo. Falo daquela pessoa para quem eu posso telefonar, não importa onde ela esteja, nem a hora do dia ou da noite, e dizer “aconteceu algo terrível, sinto que não vou suportar”. E ouvir do outro lado da linha algo como “senta e me espera, estou indo agora ao teu encontro”, e ela estará comigo, pegando um carro, um avião, correndo alguns quarteirões a pé, ou simplesmente ficando ao telefone o tempo necessário para que eu me recupere, me reencontre. Não que seja impossível ser feliz sozinho, mas com certeza somos mais felizes quando temos alguém especial ao nosso lado com quem podemos contar, afinal, tristeza compartilhada se divide, e alegria compartilhada se multiplica.
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" preciso sim, preciso tanto de alguém que aceite tanto meus sonos demorados quanto minhas insônias insuportáveis, que me desperte com um beijo, abra a janela para o sol ou a penumbra, tanto faz, e sem dizer nada me diga o tempo inteiro: quero adoçar tua vida... "
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(Caio F. Abreu)
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domingo, 1 de maio de 2011

* Os amores da minha vida! *

Que sorte a minha, tanta gente passa pelo mundo sem conhecer o sentimento verdadeiro e eu fui abençoada com tantos amores da vida. E eu tô falando de AMOR, com letra maiúscula, e não desses rapazes de caráter vazio que invadem nossa vida apenas para encher a caixa de entradas do nosso celular com sentimentos superficiais.

nº 1. * Janeiro de 2003 *

O meu primeiro amor. Dono dos sentimentos mais puros e sinceros que já dediquei a alguém. E dono também do caráter mais íntegro que já conheci. Em algumas noites solitárias, acompanhada de uma taça de vinho tinto, quase consigo senti-lo ao meu lado, rindo do meu sotaque meio brasiliense e, principalmente, do meu "você" puxado. Ele lembra de mim de vez em quando, e às vezes, me procura pra falar isso. E eu continuo olhando para o céu a cada dia 18 e agradecendo a Deus por ter me dado a oportunidade de ter vivido um amor bonito assim. Eu o conheci numa época em que tinha certeza que o “para sempre” durava tanto assim. Ele é aquela pessoa que a gente nunca esquece, o típico primeiro amor, e sei, no fundo da minha alma, que fui tão importante para ele quanto ele foi para mim.
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nº 2. * Novembro de 2006 *
Ele foi o meu doce novembro, anjo azul, urso panda, Keanu Reeves, e todas as demais lembranças e características que são tão nossas e a ninguém mais interessaria. E eu era a princesa que ele fez coroar, e assim se concretizou a nossa história, que começou como amor, e terminou como amizade, que é a forma de amor mais sólida que existe. E ele se transformou em uma das pessoas mais confiáveis da minha vida, sem dúvidas, "o amor mais amigo que me apareceu".
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nº 3. * Março de 2007 *
Ele era o dono do sorriso mais bonito que eu já conheci. Um "xuxu", como gostava de o chamar, e era extremamente doce, atencioso, protetor, um menino-homem, que se esforçava ao máximo para me fazer feliz e me encantava com isso. Às vezes o encontro no meio da rua, no ônibus Daniel Gomes – via conceição que passa por mim, no sorvete de flocos da Danúbio, nas músicas do Nando Reis, na biblioteca da FTC, nos 300 de Esparta, no nariz gelado de cachorro, no estalar dos dedos e, principalmente, nas tardes de sexta-feira num banquinho qualquer da praça Catedral... E às vezes me pego pensando em como minha vida estaria se eu tivesse deixado outras coisas para trás ao invés dele, porque nessa história em especial eu tive medo de ser feliz, e senti uma vontade incontrolável de fugir de todo o amor que ele me oferecia. Acho que eu fui embora de tanto que precisava ficar.
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nº 4. * Janeiro de 2009 *
E depois de já ter vivido alguns grandes amores e de sempre escutar que "amor de verdade só acontece uma vez na vida", imaginei que minha cota estivesse esgotada e que nunca mais viveria algo assim, mas foi então que esse novo moço apareceu, com sua forma carinhosa e imediata de responder aos meus torpedos, com seu bom gosto musical, com sua paciência infinita ao tentar me explicar que o-sensor-do-celular-era-sensível-e-que-eu-devia-ter-mais-calma-enquanto-tentava-desviar-a-bolinha-sem-deixa-la-cair-no-buraco, com os drinques que preparava especialmente para nós, com as inúmeras conversas durante a madrugada, sempre acompanhada de muitas risadas e um bom vinho. E ao lado dele, eu, meio boba até, só sabia sorrir.

p.s.: e de todos os amores e amigos, o que fica em mim são os bons momentos e as lembranças encantadoras, aquelas que por mais que o tempo passe, e que tudo mude, nada conseguirá apagar... E é isso que faz a vida ter todo o sentido, são os momentos que nos marcam e as pessoas que a gente vai levar pra sempre.

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"desenhos que a vida vai fazendo, desbotam alguns, uns ficam iguais,
entre corações que tenho tatuados, de vocês me lembro mais...
de vocês, não esqueço jamais..."

terça-feira, 26 de abril de 2011

11 coisas para fazer antes de morrer.

ps: não necessariamente em ordem cronológica ou de importância:
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1. Conhecer, entre muitos outros lugares do mundo, as Ilhas Maldivas. 
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2. Fazer um mochilão pelo Peru (com uma parada programada em Machu Picchu). E conhecer o máximo de lugares possíveis do mundo, dentre eles, Fernando de Noronha, Índia, Holanda.
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3. Acampar. Com tudo que tenho direito, incluindo a boa companhia, roda de viola, vinho e dormir sob as estrelas.
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4. Aprender a dançar. De verdade, de vestido rodado e sapatos apropriados, e com um par que lembre bastante o James Caviezel.
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5. fazer alguma coisa tipo pular de pára-quedas, ou voar de asa-delta, ou me jogar de bungee-jump de alguma ponte num lugar bonito. Só pra saber se alguma coisa consegue ser mais intensa do que tudo que eu sinto em dias normais, fazendo coisas normais.
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6. Casar. É, eu quero, um dia, de vestido branco, ao som de "Farol" do Vander Lee, apesar da idéia me assustar um pouco agora.
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7. Ter um casal de filhos, para, aos domingos, ter oito pezinhos brincando na cama.
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8. Saber fazer uma comida especial (que não seja brigadeiro ou pudim de leite condensado), e ouvir todo mundo dizer que nunca comeu tal-coisa melhor que a minha. Igual a moqueca de camarão da minha tia.
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9. Ler, ouvir, assistir, conhecer e apreciar todo tipo de coisa que a vida tem, infinitamente mais do que leio/ouço/assisto/conheço hoje. Parece que a gente tem tão pouco tempo pra tanta coisa.
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10.  Conhecer o Projac. E viver um daqueles romances típico de novela das seis!

11. Passar num concurso público federal.
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Resumindo: quero viver muito, e quero que chegue o dia deu me acalmar, baixar a velocidade, estar de mãos dadas com o meu amor - aquele que vai ser pra sempre - e ver o tanto de coisa que já fiz na vida, e, ao fazer as contas, ter aproveitado mais do que perdido tempo, e ter mais sorrisos do que caras sérias (não digo nem mais sorrisos do que lágrimas, porque, no fim das contas, elas são boas também), e ter tido amigos de verdade, e ter amor pra mais outra vida inteira. :)

segunda-feira, 21 de março de 2011

Cuide, cultive, queira o bem... o resto vem!

Bastou eu reclamar da falta de dias intensos, para a vida - tão generosa - me enviar um final de semana adorável. Diríamos que aprendi uma lição básica de sobrevivência nesse mundo: viver o simples, sem ficar esperando que tudo mais aconteça, valorizar os encontros especiais, fazer deles acontecimentos lindos. A vida é tão curta, preciosa, rara, que talvez a gente só precise de sorrisos fáceis no meio da madrugada; abraços que aquecem a alma, envolvem, acarinham, protegem; dias de sol e tardes agradáveis ao lado de amigos queridos para ser feliz. :)
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" Felicidade se acha é em horinhas de descuido... "
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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O importante é que emoções eu vivi... :)

Dia desses assisti a um filme que contava a história de duas pessoas que tinham uma doença terminal e se conheceram por acaso. Um desconhecia a doença do outro, mas por terem conhecimento da sua própria doença, fizeram o possível para não se envolver, mas, a aproximação foi inevitável. A mocinha se apaixonou pelo rapaz, o rapaz retribuiu ao sentimento de forma intensa e verdadeira. Juntos, viveram momentos felizes, como nunca antes haviam vivido... as besteiras do dia-a-dia, o detalhe do brilho das estrelas, o beijo roubado, as loucuras que realizaram juntos. No final, apesar da minha conversa insistente comigo mesma, implorando para que os dois ficassem juntos (rs), o previsto aconteceu (se você tá pensando em assistir ao filme, não continue lendo, porque, sim, eu vou contar o final! rs) o estado dela se agrava, o dele se torna mais frágil. Pressentindo que o fim se aproxima, eles decidem aproveitar os últimos instantes que possuem juntos...
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...e Fim! (no final ficou subentendido que eles morreram sim, mas que os momentos que passaram juntos ficaram para sempre).
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O cara da locadora disse: "Não vale chorar!" Ah, até parece que eu, esse ser sentimental, vai assistir a um filme como esse sem derramar uma lágrima (na verdade, foram várias lágrimas, com direito a soluço e tudo mais. rs).
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Depois do filme senti um conforto imenso dentro de mim, bom lembrar que já vivi momentos que ficaram pra sempre. As viagens que marcaram, as madrugadas admirando o nascer do sol, os bombons, os sorrisos, as danças, as tardes de sol à beira mar com os amigos, as frases que ficaram: "quando olho em seus olhos, me sinto melhor" , "vou sentir tanta saudade quando você se for", "a vida só vale a pena se for com você".
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E essa é a graça da vida... são as pessoas que surgem para dar sentido aos nossos dias, pessoas que marcam o nosso caminho com lembranças que ficam para sempre. Porque o que a gente leva dessa vida, são as emoções. E tudo que é verdadeiro, permanece eternamente. :)
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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia...

Hoje eu sei, o passado passou, o futuro não me cabe saber e o presente deve ser vivido plenamente. Das coisas que já vivi, sei apenas que tudo passa e dificilmente uma situação vai se repetir em nossas trajetórias. Sejam bons ou ruins, nossos momentos não acontecem duas vezes. Pode ser que meses ou anos mais tarde estejamos diante dos mesmos personagens e cenários do passado. Mas garanto que o friozinho que vai percorrer (ou não) nossos corpos será totalmente diferente.
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Não são apenas as silhuetas e roupas que mudam, circunstâncias, sentimentos, olhares e sorrisos nunca se repetem. O coração sempre altera o compasso. A cada silêncio, cada palavra, cada conversa, cada escolha que tomamos definimos o nosso futuro. Aquela frase que ficou entalada na garganta ou a que sai quase sem querer quando estamos nervosos, o ‘eu te amo’ que deixamos de dizer ou demonstrar, aquela agonia de saber que não tentamos todas as possibilidades, que já é tarde demais para consertar o que passou. São importantes e rápidos detalhes que mudam tudo, e que não dá pra voltar e viver novamente. Não da mesma forma.
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Talvez quem inventou esse mundo tão dinâmico tenha razão, que chato seria se pudéssemos retornar e colocar cada palavra dita ou ocultada no seu devido lugar. Por outro lado, que ruim aprender com nossos erros e não pôr logo em pratica as lições. Da certeza de que nada pode ser igual, resta-nos apenas o consolo de que tudo que está por vir pode ser ainda melhor do que o que um dia foi.
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" tudo passa, tudo sempre passará, num indo e vindo infinito..."
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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Que sejamos sempre doce. :)

Sabe o que eu descobri numa madrugada dessas, Maria? Que o coração da gente é bicho fácil de agradar. Ele gosta de atenção, de cuidados cotidianos, de mimos repentinos, de ser alimentado com iguarias finas, como a beleza, o riso, o afeto. E a beleza de tudo isso está na simplicidade. Na simplicidade de um beijo de bom dia, de um abraço apertado, de uma mensagem no meio da tarde para dizer "estou pensando em ti". E sabe o que mais eu descobri, minha Maria!? Que tudo que parece meio bobo e simples me agrada profundamente.
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" Então, que seja doce. Que seja doce o seu abraço, que seja doce o modo como você irá segurar na minha mão, que seja doce, que sejamos doce. "
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Caio F. Abreu

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Deixa estar, que o que for pra ser, vigora... :)

O destino é, realmente, uma coisa maluca. Pare pra pensar nas pessoas que você conhece e me diz se não existe o dedo do destino na história dos seus encontros? Se você não tivesse feito isso, se não fosse naquele lugar, se não tivesse atrasado duas horas para chegar, se tivesse desistido de ir, muita coisa poderia ter acontecido de forma diferente na sua vida.
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Essa semana me peguei pensando na matemática dos acontecimentos, porque aconteceu uma coisa que se outra coisa não tivesse acontecido não teria acontecido a coisa. Sim, porque coisas precisam acontecer para outras coisas rolarem. Claro, algumas vezes acontecem coisas que não queríamos, e só vamos entender o porquê do porque bem depois. No caso em questão, eu não queria, mas quis quando começou a ser. rs.
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É mais ou menos como ser mandando para onde não se tinha planejado em pleno feriado de sol, aí o pneu do seu carro fura, você precisa andar duas horas e meia a pé, quando chega ao destino descobre que andou para o lado errado, um cachorro aparece e corre atrás de você, que corta caminho pelo mato, se depara com uma cobra ameaçando atacar sua perna, e a única saída é pular o muro e refazer o caminho. Nessa volta toda, suado, chateado, revoltado, acaba encontrando uma pedra preciosa rara. Ou seja, se não fosse o pneu, o cachorro, a cobra, o muro e todo aquele sofrimento, você não teria encontrado a pedra brilhante.
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Não sei porque, mas esses dias andei pensando muito no destino, nas coisas que acontecem porque têm que acontecer. E agora estou aqui, rindo do destino e questionando o que ele quer com tudo isso que me faz viver. Não sei dizer exatamente onde estou agora... se no pneu, no cachorro, na cobra, no muro, mas sei que pedra preciosa rara vai estar em breve na minha mão. Afinal, a vida não gira para o lado errado, e o que tiver que ser, vai ser.
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" mas tenho uma curiosidade imensa pelo que vai me acontecer, pelas pessoas que vou conhecer, por tudo que vou dizer e fazer e ainda não sei o que será... "
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Caio F. Abreu