sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

A vida tão simples é boa quase sempre...

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E hoje eu viajei, nadei, fiquei sem fazer nada, fiz tudo ao mesmo tempo, recebi um elogio, conversei muito com uma grande amiga, passei mais tempo com minha mãe, tomei sol, tomei sorvete de morango com baunilha, ouvi minha música favorita tocando no rádio, cantei junto, corri para fugir da onda, mas não consegui me esquivar a tempo, tive uma crise de riso, tentei achar a palavra correta para explicar o motivo, deitei na areia da praia, fiquei olhando o céu e pensando nos meus dias atuais, comi torta de chocolate branco com cobertura de chantili, recebi algumas ligações de pessoas queridas desejando um feliz natal, observei o pôr do sol, e tive certeza que este foi um dia bom. Um dos melhores, na verdade.
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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

em resposta;

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18 de Abril de 2023
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Amado doce,
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não me pergunte o por quê, mas assim que vi o envelope verde deslizar sob o vão da porta, instintivamente eu soube que era coisa sua. As minhas mãos tremeram e hesitei por alguns instantes antes de abrir aquela carta, talvez por medo de perceber que os meus instinos haviam se enganado. Mas, felizmente, era mesmo coisa tua. E eu, saudosista que sou, folheando meu presente, sentia como se um pedaço seu tivesse deixado a capital, atravessado o estado, a fim de me encontrar na minha bucólica cidadezinha do interior.
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Querido Darcy, às vezes me pego pensando que uma palavra, sua ou minha, naquele nosso passado nunca esquecido, teria sido suficiente para mudar a nossa história. A gente tinha tudo pra dar certo, mas, infelizmente, não deu. E depois do fim, eu segui com a minha vida, coloquei um band-aid no coração, um sorriso nos lábios e ficou tudo bem outra vez. Depois disso, aprendi a amar menos, endureci um pouco, o que foi uma pena. E aprendi também que chorar alivia o coração.
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Confesso, ainda lembro muito de ti, sem rancor, sem tristeza, e com aquele saudosismo que me é inerente. Não se preocupe, o meu coração foi bem treinado e só guarda coisas boas de ti. Sabe, penso sempre que um dia a gente vai ser encontrar de novo, e então tudo vai ser mais claro, sem tantos medos bobos nem situações mal resolvidas. Quem sabe a vida para de nos sacaner e as coisas começam finalmente a dar certo pra nós!? =)
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ps: se a gente tiver que se encontrar, aqui ou no Japão, a gente se encontra! :)
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Com toda a minha saudade e carinho de sempre,
Lisa.
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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

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12 de Março de 2023
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Minha amada Elisabeth,

Eu sei, hoje completam dez anos desde aquela primeira vez em que meus olhos refletiram os teus, e peço perdão pela demora para esboçar qualquer reação às suas inúmeras declarações. A verdade, é que meu orgulho sempre dominou as minhas atitudes, e minha imaturidade nunca me deixou procurá-la desde aquela última vez. A verdade mesmo, minha querida, é que se o meu coração fosse sábio e meus sentimentos adeptos da coerência, nunca teria te deixado partir.
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Enfim, escrevo apenas para te contar que todas as vezes em que abro o guarda roupa e me deparo com aquele par de pulseirinhas laranjas sorrindo pra mim, lembro como foram doces alguns dias da minha vida ao teu lado (em especial, aquela tarde que passamos entre frio, abraços e sorrisos).
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Lisa, eu tenho pulseirinhas que sabem rir, e quando as vejo, é como se você risse para mim através delas. Quisera eu ter o poder de rir pra você através das coisas que lhe rodeiam. Quisera eu ter o dom dos poetas e me fazer presente em sua vida através dos versos. Quisera eu ser vento pra invadir o teu mundo e sorrir pra você.
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Lis, espero que não guarde mágoas e que lembre de mim tanto quanto lembro da gente.
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ps.: continua sonhando para que eu possa te visitar sempre.
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do teu eterno,
Darcy.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

às seis horas da manhã...

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Levantei meio atordoada na minha primeira manhã de volta à vida normal, e fui cambaleando, meio dormindo, até a cozinha tomar meu café. Antes de chegar no meio do caminho, escutei "Mesmo sozinho", do Nando, tocando em algum lugar perto. Era bom demais acordar com uma surpresa boa dessas. Nem pensei, abri logo todas as janelas e a porta da varanda do meu quarto, para a música entrar por todos os meios possíveis.
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Sim, eu estava de pijama. Parei, com o café numa mão e o pacotinho de biscoito na outra, e escutei por um tempo que não tenho idéia de quanto foi. Depois, fomos sentar no chão da varanda, de costas pra a porta, eu e meu café, porque era o melhor lugar pra ouvir.
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Quem quer que estivesse ouvindo Nando naquele volume - que seria muito ofensivo à boa vizinhança se não fosse Nando - e naquela hora da manhã - que seria muito inoportuna se não fosse Nando - vai merecer pra sempre minha eterna gratidão. Não era uma playlist convencional, a maioria das músicas tava mais pra o lado b, então deve ser mulher, porque as mulheres são incomparavelmente mais apaixonadas por músicas românticas estilo Nando Reis. Se eu não fosse tão tímida e cheia de frescuras de comunicação com estranhos, teria tocado a campainha mais provável só pra dizer "obrigada por me deixar de bom humor tão cedo".
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E depois disso, o dia foi bom.
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" Sabe do que eu sinto saudades?
Do teu sorriso de manhã e do quarto tão desarrumado... "
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(Nando Reis)
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domingo, 19 de julho de 2009

Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia...

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Hoje eu sei, o passado passou, o futuro não me cabe saber e o presente deve ser vivido plenamente. Das coisas que já vivi, sei apenas que tudo passa e dificilmente uma situação vai se repetir em nossas trajetórias. Sejam bons ou ruins, nossos momentos não acontecem duas vezes. Pode ser que meses ou anos mais tarde estejamos diante dos mesmos personagens e cenários do passado. Mas garanto que o friozinho que vai percorrer (ou não) nossos corpos será totalmente diferente.
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Não são apenas as silhuetas e roupas que mudam, circunstâncias, sentimentos, olhares e sorrisos nunca se repetem. O coração sempre altera o compasso. A cada silêncio, cada palavra, cada conversa, cada escolha que tomamos definimos o nosso futuro. Aquela frase que ficou entalada na garganta ou a que sai quase sem querer quando estamos nervosos, o ‘eu te amo’ que deixamos de dizer ou demonstrar, aquela agonia de saber que não tentamos todas as possibilidades, que já é tarde demais para consertar o que passou. São importantes e rápidos detalhes que mudam tudo, e que não dá pra voltar e viver novamente. Não da mesma forma.
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Talvez quem inventou esse mundo tão dinâmico tenha razão, que chato seria se pudéssemos retornar e colocar cada palavra dita ou ocultada no seu devido lugar. Por outro lado, que ruim aprender com nossos erros e não pôr logo em pratica as lições. Da certeza de que nada pode ser igual, resta-nos apenas o consolo de que tudo que está por vir pode ser ainda melhor do que o que um dia foi.
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" Sempre tenho a estranha sensação, embora tudo tenha mudado e eu esteja muito bem agora, de que este dia ainda continua o mesmo, como um relógio enguiçado preso no mesmo momento – aquele".

[ Caio F. Abreu ]
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terça-feira, 14 de julho de 2009

" Minha princesa! "

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.* É assim que ele me chama de vez em quando. Me chamava bem mais quando eu era menor (e parecia uma princesinha de cachos castanhos, eu acho, rsrs. E hoje me deu vontade de escrever para ele).
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Pai, essa noite tive um sonho estranhíssimo (e mais estranho ainda é que faz um tempão que não tenho sonhos). Ainda comentei contigo enquanto voltávamos de Franco da Rocha. Só que eu resumi o sonho em poucas palavras: as férias tinham acabado antes da hora, eu voltava pra Itabuna e chorava a sua falta no meio da noite.
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A verdade, é que eu sonhei que o senhor quase morria. Tinha um problema de saúde, não sei exatamente qual, e parecia que tinha chegado a sua hora. E eu não entendia, porque o senhor sempre foi tão saudável, parecia que ia viver pra sempre. E eu não me conformava por ter voltado pra Itabuna antes da hora, por não estar por perto. Não que eu fosse ser extremamente necessária ou coisa assim, era mais por causa da saudade mal-resolvida que ia ficar depois. Mas não aconteceu. O senhor não morreu, no fim das contas. E inexplicavelmente (agora eu sei, porque foi um sonho) você estava em Itabuna, na minha casa, dando glória a Deus. E eu lhe dei aquele abraço que o senhor gosta tanto, dizendo exatamente isso. Que tive tanta saudade, que não ia aguentar, que Deus é bom. E o senhor passava a mão na minha cabeça, com todo o amor do mundo.
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Aí acordei. E essa talvez seja a primeira vez que um sonho me leva a tomar uma atitude de verdade. Mesmo que seja só umas palavras (e eu me dou bem com elas).
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Pai, eu te amo. Muito, muito, muito, mais do que eu pensei que amava até hoje. No decorrer dos meus quase 20 anos, acho que essa é a primeira vez que temos a oportunidade de conviver de verdade, como pai e filha. E hoje, depois de alguns dias maravilhosos ao seu lado, posso afirmar: eu tenho orgulho de tê-lo como meu pai. Amo o seu jeito doce de falar comigo, de viver, na verdade. Amo a forma como você trata as outras pessoas, sempre prestativo e atencioso. Amo o seu coração mole (e descobri, enfim, a quem eu puxei). Amo a sua paciência, a certeza que o senhor tem de que tudo vai dar certo porque Deus está no controle. Amo a sua inteligência peculiar, sua vontade de aprender mais sempre.
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A coisa mais fofa do mundo é quando o senhor vem da cozinha trazendo um pratinho de bolo, um sanduíche, ou biscoitos, e diz "come, Mille, é especialmente pra você". Mesmo que na verdade nem seja, aquela comidinha besta se torna especial por sua causa. Acho lindo o amor que o senhor tem por mim, pelos seus outros filhos, é um amor tão cheio de gentilezas que me inspira a ser alguém melhor, mais doce, mais amável.
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Você é o melhor pai do mundo, e eu te amo. Quando estou em Itabuna (ou em qualquer outro lugar), eu lembro sempre do senhor, e sinto muita falta do seu abraço e da sua mão na minha cabeça dizendo que "vai ficar tudo bem, minha princesa". E a parte real do sonho, é que vou sentir saudade de ver o senhor chegando do trabalho, sempre com um sorriso no rosto, e trazendo alguma besteirinha no bolso, porque lembrou da gente. Vou sentir saudade ainda do seu abraço de boa noite e do seu beijo de bom dia. E todas essas coisinhas pequenas que fazem uma diferença tão grande pra mim.
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Pai, eu sei que não disse tudo, porque nem caberia no papel, mas, sei lá, acho que essas palavrinhas valem pra o senhor saber que a sua princesa te ama.
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um beijo e um abraço daqueles,
Samille.
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"Pai, você faz parte desse caminho que hoje eu sigo em paz. "
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segunda-feira, 13 de julho de 2009

Acho que me tornei anti-social.

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Eu só fui para minha primeira festa depois de entrar na faculdade. Não fico sem dormir por causa de noite na farra. Não fico sem dormir por causa de msn. Não fico sem dormir por causa de amor. Meu problema é preferir a madrugada mesmo, adoro o silêncio que acompanha esse horário. Boa parte dos meus contatos no msn está bloqueada, são justamente os que conversam demais. Adoro inverno, porque todo mundo fica automaticamente mais reservado, e eu não tenho que pedir desculpas pro resto do mundo por querer ficar em casa vendo um filme e tomando chocolate quente ao invés de ir à praia. Aliás, a própria praia é controversa pra mim. Gosto dela deserta, e gosto da areia toda pela frente, pra eu andar e pensar na vida, ou pra ter uma boa conversa com alguém. Gosto do mar, do cheiro e do gosto dele, e do cansaço que dá depois. Mas não gosto de usar biquíni, não gosto do exibicionismo próprio da praia, não gosto de ter pessoas me olhando e vendo se eu tenho ou não celulite.
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Não tenho turminha. É engraçado isso, porque me dou razoavelmente bem com todas as turminhas, mas nunca faço realmente parte de nenhuma. Falo com os nerds da faculdade, os meninos da resenha, a galera da cachaça (que abrange também os meninos da resenha), as meninos de fisioterapia, o pessoal de jornalismo, os veteranos, as meninas certinhas. Mas se me perguntarem com quem eu ando pra me dizerem quem sou, não sei...
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Algumas pessoas têm necessidade de viver mais pra dentro que pra fora. Sou eu. O meu pra fora são as palavras escritas, e o meu pra dentro é uma bagunça que não quero que ninguém se atreva a ver. Nunca consegui contar tudo, tudo mesmo, pra amigo nenhum, e sou muito mais de ouvir do que de falar quando se trata de relacionamentos. Já falei demais uma vez e me machuquei um bocado, então deve ser um mecanismo de defesa. Falo muito quando tenho um ponto de vista e preciso provar que está certo, ou pra contar alguma boa história.
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Sou muito curiosa, mas guardo as perguntas pra descobrir sozinha, porque seriam muito esquisitas pra dizer em voz alta. Desenvolvi uma capacidade enorme de bisbilhotar a vida das pessoas pela internet, pelo simples fato de ter vergonha de perguntar. Sou tímida, embora pouca gente acredite. Espero as pessoas falarem comigo, e odeio tomar a iniciativa quando estou interessada em alguém. Fico vermelha muito fácil, e talvez parte dessa timidez toda seja porque sou transparente demais com as coisas que sinto. Aí, em vez de me arriscar a demonstrar qualquer outra coisa, começo a rir. E todo mundo diz que sou luminosa, alegre, simpática, espevitada, ninguém vê o que está por baixo. E eu achava que gostava assim, até perceber que coloco o meu pra dentro num blog público que recebe cerca de 20 visitas por dia. Aí entendi que todo mundo precisa se expor de alguma maneira, deixar saberem o que você pensa, o que você sente, o que aconteceu, pra que o mundo te entenda. A minha maneira é essa.
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Acho que não nasci anti-social. Minha mãe conta que quando eu era pequena, adorava a casa cheia de gente, curtia minhas próprias festas de aniversário, pedia para as visitas não irem embora, egostava de me exibir, e falava pelos cotovelos. A concha é que foi ficando mais espessa por causa das coisas que aconteceram. E o bichinho de dentro, mais frágil. (Ou não!)
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"As pessoas falam coisas, e por trás do que falam há o que sentem, e por trás do que sentem há o que são e nem sempre se mostra..."
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[ Caio F. Abreu]

sábado, 4 de julho de 2009

Sobre a saudade e o são joão...

Posso lembrar com riqueza de detalhes daquele 1º de Abril de 2008. O livro de matemática jogado em cima da cama e uma coragem zero para começar a estudar trigonometria no triângulo retângulo pela segunda vez, a janelinha do MSN piscando e nenhuma paciência para responder a quem ousava interromper o meu momento de insatisfação plena.
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Se fizer um pouco de esforço, consigo até lembrar da bermuda azul que usava, do cabelo preso num coque e dos gritinhos agudos e estridentes que saíram da minha boca ao ver o meu nome na lista dos aprovados no vestibular da UFRB.
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Acho que, até então, esse foi um dos dias mais emocionantes da minha vida. Descobri no dia 1º de Abril que havia passado no vestibular, a matrícula deveria ser feita no dia 3, e as aulas já haviam começado, ou seja, tinha apenas 24h para colocar 17 anos em uma mala e mudar de cidade. Não sobrou tempo para pensar se eu queria ou não ir, as únicas horas livres que me restaram foram dedicadas a uma breve despedida de amigos e familiares.
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Confesso, tive medo. Medo de deixar pra trás o que eu achava que me pertencia aqui. Medo de não conseguir lidar sozinha com os problemas da vida. Eu, no auge dos meus 17 anos, nunca tinha dormido uma noite fora de casa antes desse 1º de Abril, como assim morar sozinha em uma cidade tão distante? Tive muito medo de estragar tudo.
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Lembro de ter ido fazer a matrícula e a mudança no dia 3, e lembro também de ter voltado pra Itabuna no dia 4 com toda a mudança no fundo do carro. Foi difícil deixar tudo pra trás sem um tempo considerável para me acostumar com a idéia. Entre lágrimas, bronca de vó, conselhos de mãe, decidi voltar (e foi uma das decisãos mais acertadas que já tomei na vida).
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Aos poucos, o medo cedeu lugar à certeza de que eu saberia exatamente o que fazer. E lá, naquela pequenina cidade entre montanhas que me acolheu tão bem, fiz amigos, aprendi a morar sozinha, a lidar com os afazeres domésticos, a ser dona da minha vida, a jornalizar, lá eu aprendi ainda que as coisas nem sempre acontecem como a gente quer, e temos que aprender a lidar com isso, que precisamos lutar pelo que queremos, que a vida nem sempre vai facilitar as coisas pra nós, mas não devemos desistir.
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O único ponto negativo, é que eu não conseguia me imaginar jornalista depois que os 8 semestres passassem, e isso me angustiava. Eu gostava do curso, me identificava com as letras, tinha os melhores professores doutores, ph.D da região, mas eu estava cursando jornalismo, e pensando em fazer direito quando saísse dali. No decorrer do terceiro semestre essa divergência de desejos e interesses me irritou a tal ponto, que resolvi desistir de tudo por lá e voltar pra Itabuna.
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Não me arrependo de ter mudado de curso, mas sinto falta da vida por lá... e esse rodeio todo que fiz no texto foi só pra dizer que o são João foi perfeito, que as coisas por lá continuam do mesmo jeito que eu deixei, que a felicidade ainda me visita quando estou em frente ao paraguaçu, que fiz amigos de verdade no interior daquele interior, que quero voltar mais vezes para lá, e que a vida aqui vai bem, obrigada, só falta um pedaço de Cachoeira em mim.
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"Estou de volta pro meu aconchego, trazendo na mala bastante saudade..." :)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Eu quero ser tua paz, a melodia capaz de fazer você dançar...


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A cara séria e o óculos de grau não escondem o jeito romântico e bem-humorado dele. Ele faz o que poucos homens fazem: escuta o que temos a dizer, mesmo com todos os nossos rodeios e complexidades. Ele tem um jeito único de nos surpreender com palavras doces quando menos esperamos, de fazer graça quando estamos tristes, de dizer algumas (muitas) idiotices quando estamos na TPM e de nos fazer feliz com uma simples mensagem de bom dia... e ele faz você se sentir bem por estar ali, no pensamento dele.
...Ele não é perfeito (como imaginam). Ele não é sempre o primeiro a perceber quando cortamos o cabelo, compramos uma lingerie nova ou mudamos o penteado, e nem ao menos sabe diferenciar os tons de cores do nosso esmalte *vermelhopaixão*. Mas só ele tem esse jeito inconfundível de te segurar pela cintura, ensaiar um 'tsc tsc' pra te contrariar e em seguida abrir aquele sorriso que te faz rir ao vê-lo sorrindo...
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ps: por isso que eu o ‘nomeio e constituo como meu bastante Don Juan, conferindo-lhe amplos poderes, dando tudo por bom, firme e valioso!’ ;)
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terça-feira, 12 de maio de 2009

O mundo perfeito das imperfeições!

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Um amiga querida me diz: "O problema é que você é acessível demais!". Eu? Como assim? Explica isso direito! Ela diz que estou sempre disponível demais para as pessoas. Começou como comentário, mas seguiu como bronca: "Você está sempre procurando agradar, responde todo mundo, atende todo mundo. Vejo você ser carinhosa com quem só te manda toco". Toco? Ela diz: "Sim. Toco! Mania de sair tratando todo mundo bem e fica ali cheia de carinho com quem não está muito a fim. Não repara isso?". Às vezes. É a única coisa que consigo responder. Sempre. Ela diz. Diz que eu não sei matar alguém em mim, quero estender minhas relações, não sei ser maldita com quem deveria, fico tratando bem quem me responde por obrigação, quem não está com a menor vontade de papo comigo: "Valoriza gente que não tem o menor valor. Não nota que dá corda para pessoas insuportáveis?".
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Nossa, fiquei sem palavras diante de tantas frases ditas de uma só vez. Minha amiga era agora uma metralhadora revoltada comigo. Disse sentir raiva desse meu jeito. "Você é boa demais para o meu gosto. Se eu fosse você...".
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Talvez eu tenha mesmo aberto mais portas do que, supostamente, abriram e abrem para mim. Sou mesmo de escrever, de procurar, de telefonar, de tentar chegar mais perto, de não levar nada de ruim na minha mala. Que mal existe nisso? Algumas vezes, o papo é só de ida ou sinto que as frases mais leves acabam sendo escritas ou faladas por mim. Espero retorno, ligação, atenção, mas sem medo de arrependimento. Estou em paz comigo. Eu tentei, tento e tentarei sempre. Não sou perfeita, não sou a rainha da verdade, mas quero fazer o que acredito. Não faço isso de maneira falsa. Caso a situação não esteja fluindo, eu pego minha mala e mudo de cidade.
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Minha amiga querida encerrou nossa conversa dizendo: "Quero tanto bem a você, sei de seus sentimentos. Gaste com quem merece".
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PS: Eu gasto, amiga. Ou tento. Sou igual a você. Só quero ser feliz.
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"Depois, um amigo me chamou para ajudá-lo a cuidar da dor dele. Guardei a minha no bolso. E fui." [ Caio F. Abreu]

sábado, 2 de maio de 2009

Intensamente intensa.

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Alguém me disse uma vez que sou intensa. Intensa? O dicionário diz: intenso - que se manifesta em alto grau. Forte, energético, veemente, ativo, animado. Sou, sou intensa. Sou mesmo. Não sei viver nada sem mergulhar fundo, sem me envolver, não sei brincar de ser. Nunca soube. Só vou se meu corpo está pedindo, só sei estar se for bom demais. Sou intensa sim, não sei morar na superficialidade, não sei virar as costas e fingir que nada aconteceu. Não sei mentir, ser pela metade com nada, com ninguém. Não vou na onda de ninguém se não for o que eu quero. Só digo o que meu coração acredita intensamente. Não vivo segundos de tanto faz. Nem quero. Vou fundo, mergulho, me jogo, mesmo saindo ferida. Sou intensa sem medo, sou intensa sem querer, sou intensa porque sou intensa e não sei ser de outra forma . Sou uma moça sem razão. Intensa como você sabe. Decidida como só eu sei. Terrível como acham alguns. Animada para aqueles que olham de longe e uma apaixonada pela vida como só alguns mais próximos entendem.
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"Pertencia àquela espécie de gente que mergulha nas coisas às vezes sem saber por que, não sei se na esperança de decifrá-las ou se apenas pelo prazer de mergulhar..."
[Caio F. Abreu]
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segunda-feira, 27 de abril de 2009

3º semestre!

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Hoje iniciou-se o semestre no Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. E como eu gostaria de ter estado presente nesse dia. Queria ter chegado atrasada na primeira aula - para não perder o costume, depois, gostaria de ter filado a segunda aula para encontrar a galera tocando violão no corredor, e a quinta aula para lanchar em Gel. Queria ter saído correndo em direção aos meus amigos queridos para matar a saudade que se acumulou ao longo desses quase (pasmem! =0) quatro meses de férias. Gostaria de ter dado um abraço apertado em cada um deles e depois, ainda para não perder o costume, termos ido todos em direção a querida praça 25 para dar início ao primeiro luau do semestre.
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Devo confessar, trocaria seguramente e sem titubear o jornalismo pelo direito. Mas me dói ter que trocar a minha vida naquela pequenina cidade entre montanhas pela vida por aqui. Falta a 25, faltam os meus queridos amigos, falta o bar da Gel, falta o almoço na tia, falta atravessar a ponte para tomar sorvete em são félix, faltam as madrugadas em frente ao rio, faltam as piadas de Paca, os poemas de Guga e as prosas de Val... falta um pedaço de mim que ficou perdido naquela pequenina cidade banhada pelo paraguaçu.
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"...e o que vai ficar na fotografia são os laços invisíveis que havia...
as cores , figuras, motivos, o sol passando sobre os amigos...
histórias, bebidas, sorrisos e afeto em frente ao paraguaçu!..."
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domingo, 12 de abril de 2009

Miniaturas!

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Eu vou fazer uma miniatura de você para guardar no meu bolso. Para ficar sempre comigo. Eu quero fazer um molde também. Caso eu te perca, faço outro você e guardo com carinho. Eu quero poder falar as coisas que você não vai ouvir, então, talvez eu faça uma miniatura sem orelhas. Mas você também não ouviria o ‘eu te adoro’. Melhor fazer uma miniatura completa. E se você partir meu coração, ainda tenho a possibilidade de te espatifar em pedaços e jogar no lixo. É, eu vou fazer uma miniatura de você.
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Ráh! =D
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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Apenas mais uma de amor... :)

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É bem verdade que o teu coração saberá quando o grande amor da tua vida apontar no teu horizonte. Afinal, senhores, corações não são fracos a ponto de derreterem-se por qualquer olhar. Mas quando for o olhar do amor da tua vida a tua alma amanhecerá plena como as manhãs de primavera. Reconhecerás de longe aquela voz que te alegrará os ouvidos. E aquele moço será teu motivo de sorrir no meio da noite.
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Saibam senhores, que se o teu coração não se põe em inquietude poética a cada vez que aquele alguém vem ao teu encontro, é porque ainda não encontraste o amor da tua vida. Se os teus olhos não brilham todas as vezes que você o encontra, se o azul do céu ainda não te faz fechar os olhos e suspirar por lembrar daquele rosto, se ao cair a noite você não busca a primeira estrela do céu, só pra olhar e sorrir, é porque ainda não encontraste o amor da tua vida!
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Se o teu dinheiro ainda vale o que vale para todos, se as canções de amor ainda não representam nada de especial aos teus olhos... Se não é insuportável a despedida a cada noite, é porque ainda é uma mocinha “assim-assim”, voltada ao desamor, e que não foste premiada ainda pela felicidade.
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Se a voz da Marisa não te faz lembrar o rosto dele, se as citações do Caio não parecem terem sido escritas por você, se teus olhos não sorriem cada vez que o encontra, se não criastes ainda dialetos típicos de gente apaixonada, se as palavras da tua boca não saem com sabor de amor quando direcionadas a ele, é porque ainda não encontraste aquele que vai ser pra sempre.
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Se tu és uma amora sem um amor pra chamar de seu. Se não houver em ti a sensação de todas as cores e de todas as borboletas fazendo morada em teu estômago. Se as mãos não se encontram no final da noite. Se a diversão é “assim-assim”, se os sorrisos são medidos, se ainda há aquela solidão que de forma alguma você assume, se ainda és uma mocinha que sorri pouco, que não consegue se despir dos pudores, pode ser que estejas com aquele que não é ele* (ele = aquele que vai ser pra sempre).
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Senhores, a vida é breve! Não há sentido em vivê-la se não for pra ser feliz. Se os vossos dias são de coisas que não os torna plenos, ainda existe uma estrada a ser percorrida. Se não deu certo, ainda não chegou ao fim. Pelo menos é isso o que costumam dizer os mais entendidos.


"Uma alma especial reconhece de imediato a outra..."
[ Caio F. Abreu ]
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segunda-feira, 30 de março de 2009

Benjamin Button!

Pronto, matei meu desejo e agora posso participar ativamente de todas as conversas que envolvem O Curioso Caso de Benjamin Button. Assisti hoje, depois do almoço, enquanto deveria estar estudando para a prova de ciências políticas que vou ter amanhã, e achei incrível, mas não surpreendente, ter me esvaido em lágrimas no final.
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Foram quase três horas de filme contando a história de Benjamin, um bebê que nasce velho, à beira da morte, e fica mais jovem à medida que o tempo passa, mas isso todo mundo já sabe, que esse é um dos top filmes mais comentados por aí. Como também se sabe que, em algum momento da história, ele se apaixona por Daisy (Cate Blanchett) e os dois vivem o impasse de não terem todo o tempo do mundo pra serem felizes juntos, porque enquanto Daisy envelhece - super elegantemente bem -, Benjamin fica cada vez mais jovem - super mega deliciosamente bem, já que é Brad Pitt, né? =D.
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Uma das minhas maiores curiosidades em ver o filme era o tratamento de make-up e efeitos que a produção ia dar em Brad e Cate, já que o filme não tinha fases distintas, era uma história corrida, então seriam, sei lá, 20 Benjamins diferentes ao longo do filme. E me surpreendi. Ficou tudo tão natural e bem feito (conseguiram fazer Cate ir dos 15 aos 80 anos com uma delicadeza incrível, e eu não duvido que Brad fique parecido com sua versão “vovô” do filme quando estiver mais velho) que eu quase estava acreditando de verdade na história. O filme absorve a gente, sabe. Afinal, são quase três horas. Acho que não deve ser tão legal ver um filme longo desses no cinema. Filmes assim são bons de assistir largada na cama, com a chance de pegar uma coca na geladeira a qualquer momento, levantar pra fazer brigadeiro, e sem aquele frio todo da sala de cinema.
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O curioso caso de Benjamin Button é perfeito. É legal como o filme vai ficando mais leve, mais jovem, como o personagem principal. Adorei os anos 60, especialmente a cena de Brad no barco, de óculos de sol e cabelos ao vento, num corte de tempo em que aparece bem mais jovem do que na cena anterior, aaaaaai delícia. Pessoas que não vão com a cara de Brad, me desculpem, mas o cara é absurdamente lindo. ;)
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O filme me encantou desde a primeira cena, a da história do relógio que contava o tempo pra trás, até a última, com o mesmo relógio. E eu me peguei sentindo o filme de uma maneira que não acontecia desde PS: EU TE AMO. A história começa meio tragicômica e vai ficando cada vez mais cativante. E apesar de saber que o fim de Benjamin não ia ser dos melhores (imagine uma criança de 80 anos, que coisa confusa), eu torcia por ele. Acho que o que mais me tocou no filme foi isso. A idéia da inevitável passagem do tempo, tanto pra frente quanto pra trás, e como isso é triste - logo no começo do filme, alguém diz a Benjamin que por causa de suas “circunstâncias extraordinárias”, ele está condenado a ver morrer todas as pessoas que ama -, e como a gente tem que aproveitar direito o tempo que tem, o máximo dele. E como existem pessoas que ficam, mesmo passado todo o tempo do mundo.
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sexta-feira, 6 de março de 2009

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Gosto de surpresas.
Gosto de gentilezas.
Gosto de começos.
Gosto do exercício de aprender a gostar.
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.Gosto de dias doces, como foi o dia dessa foto. :)

segunda-feira, 2 de março de 2009

A minha vida real em uma "pauta".

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Não vou ser jornalista. Não tenho talento nem motivação para exercer a profissão e sei muito bem disso. Mas devo confessar que algumas vezes as sérias brincadeiras de entrevistar exigidas pela faculdade me surpreendiam e comoviam de forma irreversível.
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É impressionante como pessoas que há dez minutos atrás não passavam de desconhecidas para nós (e nós para elas) permitem nossa entrada em suas vidas, confidenciam seus medos, suas alegrias, suas impressões sobre este imenso mundo do qual fazemos parte. São depoimentos que muitas vezes não são publicados no corpo final da reportagem, mas que nos tocam a fundo, tornam-se inesquecíveis em suas peculiaridades e nos fazem pensar e repensar o sentido de nossa existência.
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O coveiro que diferencia as reações das pessoas em velórios de acordo com suas classes sociais e acredita que os menos abonados são muito mais sinceros em suas emoções, o funcionário do hospital que tem ‘sangue-frio’ para atender os feridos, mas inconforma-se com a crueldade com que alguns tratam seus parentes internados, a senhora que perdeu o pouco que tinha em alguns minutos de chuva e nos recebe com seu abraço mais carinhoso, com seu sorriso mais bonito. São sentimentos transmitidos por gestos inquietos, olhares cintilantes, expressões transparentes. É a vida, o caráter. São os valores de cada um que entram na nossa peneira de pensamentos e nos ajudam a construir os nossos.
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Pelo visto a minha incursão no mundo do jornalismo não vai durar tanto, mas as experiências que eu tive ao longo desses dois semestres me marcaram profundamente. Vou sentir falta das marias, dos josés, dos tantos personagens da vida que através das pautas que tive que cumprir entraram e sairam do meu dia-a-dia, das pessoas que de alguma forma deixaram sua marca em mim.
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Na foto: Laurinha, eu e Evelyn, após uma tarde brincando de 'jornalizar'.

ps: vou sentir falta do em pauta, gatekeeper, LEAD, deadline, nariz-de-cera, release, pirâmide invertida, agenda setting, espiral do silêncio, entre tantas outras expressões igualmente divertidas que nos fizeram rir nas tardes de sexta-feira. Vou sentir falta também dos finais de tarde na 25, das noites de sábado em Seu Lomba, das feijoadas na casa de Júlio, do forró do Porto, das aulas práticas de Nova, de atravessar a ponte para tomar sorvete em São Félix (né, Laurinha?), de filar aula para tomar banho de Cachoeira no Balneário (né, Léo? ¬¬ rs), de passar as madrugadas em claro fazendo o artigo de Colling, de almoçar lasanha todos os dias (eu também te muito I love you, Val! =D), de reunir a galera em frente ao rio e improvisar um luau... Saudades, como não sentir?
Saudade de um pedaço de mim que vai ficar aí com vocês.

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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Receita para um carnaval memorável.

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Abadá?
Fantasia?.
Ingresso pra camarote?
Frevo?.
Axé?
Desfile das escolas de samba na tv?.
Galo da Madrugada, Olinda, maior carnaval do mundo?
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Nããão.
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4 dias.
Uma praia paradisíaca, com água azulzinha de longe e cristalina de perto.
Um quarto enorme e fresco.
Uma rede. Aliás, uma não, várias..
Uma terra à vista para conhecer.
Boa companhia.
Uma noite inteira de todo tipo de conversa e riso.
Muita ice e gelo.
Muito chocolate.
Muito vinho.
Apresentação do coletivo nopock pra alegrar a noite.
Um celular descarregado.
Nenhuma possibilidade de internet por perto.
Sol o tempo todo. Céu sem nuvens.
Passeio de Caiaque.
Música (poucas... mas que ficaram marcadas!).
Um café da manhã de causar inveja.
Cheiro de Sundown..
Beijos (muitos beijos) toda manhã, pra acordar direito.
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Pra quê mais? :)
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É uma pena que " todo carnaval tem seu fim... "

sábado, 14 de fevereiro de 2009

O que me magoa?

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Não costumo me magoar por motivos banais. Ainda não sei se isso é bom ou ruim, mas com o tempo aprendi a reconsiderar, a não levar tudo tão ao pé da letra. Acredito que mesmo as pessoas mais bem-intencionadas do mundo podem ser rudes de vez em quando, falar sem pensar, sem motivo ou razão. Ninguém está livre de entender algo errado, ninguém precisa concordar com tudo o que escuta, ninguém está sempre certo. O que não podemos é deixar um desentendimento bobo, mal entendido ou uma grosseria sem um pedido de desculpas. Isso sim machuca.
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Não magoa quem fala o que pensa, mas com respeito, quem discute e ouve, quem argumenta e compreende. Não magoa quem dá importância a uma simples conversa, quem sabe que as pessoas têm sentimentos e se preocupa com eles.Não magoa quem se exalta, mas volta para conversar depois das brigas, quem pergunta o que está errado, quem se importa. Não magoa quem não é sempre o dono da razão, quem sabe que há momentos para tudo, inclusive para se desculpar. Só magoa quem dá as costas, ironiza, quem machuca sem perceber.
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domingo, 1 de fevereiro de 2009

Meu jeito! =]

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Namorei por quase dois anos. Meses após o rompimento encontrei meu então ex-namorado e reparei que ele me olhava de longe enquanto eu me esbaldava cantando com algumas amigas no Karaoquê. Não demorou muito para ele se aproximar e perguntar: "Por que tu nunca me mostrou que canta tão bem?". Dei os ombros e ficou por isso mesmo.
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Pode parecer uma bobagem eu relembrar isso depois de tanto tempo. Cinco anos, por aí. Mas isso me marcou de tal forma que hoje, sempre que conheço alguém, penso se eu o deixaria me amar. Sem floreios, sem máscaras, sem maquiagens. Pergunto-me se eu permitiria que ele descobrisse a minha essência, conhecesse cada mania, cada detalhe, cada qualidade ou defeito meu. Mesmo que agora eu seja praticamente o oposto do que era há cinco anos, ainda não estou segura sobre a minha capacidade de me revelar. Como diria meu grande amigo Eduardo: "quando confia, permite que realmente te conheçam", antes disso não...
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Eu quero alguém que me ache linda com o meu pijama rosa dois números maior do que o meu. Quero alguém que conheça meus olhares, minhas expressões, meus ângulos, minhas manias. Quero alguém que não implique com o meu jeito moleca, com as minhas roupas curtas, meus quilos extra e minha mania de rir para todo mundo. Alguém que não se importe em esperar uns segundinhos para que eu volte da breve viagem que faço para outro planeta antes de responder ou continuar o assunto. Alguém que entenda - ou ao menos tente entender - o meu jeito de viver, o jeito que é só meu.
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Não precisa cantar comigo, desde que me veja cantar.
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domingo, 25 de janeiro de 2009

* Sobre o "para sempre"...

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"Mudei muito, e não preciso que acreditem na minha mudança para que eu tenha mudado".
[Caio Fernando Abreu]
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Dias desses, conversando com uma grande amiga/mãe/tia sobre relacionamentos, ela me disse uma coisa que vou guardar comigo sempre. "Um relacionamento só vai dar certo enquanto houver admiração e respeito, ambos ao mesmo tempo". Sábias palavras de uma sábia senhora... Atração, tesão, paixão... tudo isso passa, e quando isso passar, a pessoa pela qual você sentia atração, tesão, paixão também vai passar. Mas se você respeita aquela pessoa, se você a admira o suficiente para querer tê-la ao seu lado, para tolerar os defeitos dela, para dividir e construir a sua história ao lado dela independente do que aconteça... aí sim pode ser que seja pra sempre.
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