terça-feira, 12 de maio de 2009

O mundo perfeito das imperfeições!

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Um amiga querida me diz: "O problema é que você é acessível demais!". Eu? Como assim? Explica isso direito! Ela diz que estou sempre disponível demais para as pessoas. Começou como comentário, mas seguiu como bronca: "Você está sempre procurando agradar, responde todo mundo, atende todo mundo. Vejo você ser carinhosa com quem só te manda toco". Toco? Ela diz: "Sim. Toco! Mania de sair tratando todo mundo bem e fica ali cheia de carinho com quem não está muito a fim. Não repara isso?". Às vezes. É a única coisa que consigo responder. Sempre. Ela diz. Diz que eu não sei matar alguém em mim, quero estender minhas relações, não sei ser maldita com quem deveria, fico tratando bem quem me responde por obrigação, quem não está com a menor vontade de papo comigo: "Valoriza gente que não tem o menor valor. Não nota que dá corda para pessoas insuportáveis?".
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Nossa, fiquei sem palavras diante de tantas frases ditas de uma só vez. Minha amiga era agora uma metralhadora revoltada comigo. Disse sentir raiva desse meu jeito. "Você é boa demais para o meu gosto. Se eu fosse você...".
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Talvez eu tenha mesmo aberto mais portas do que, supostamente, abriram e abrem para mim. Sou mesmo de escrever, de procurar, de telefonar, de tentar chegar mais perto, de não levar nada de ruim na minha mala. Que mal existe nisso? Algumas vezes, o papo é só de ida ou sinto que as frases mais leves acabam sendo escritas ou faladas por mim. Espero retorno, ligação, atenção, mas sem medo de arrependimento. Estou em paz comigo. Eu tentei, tento e tentarei sempre. Não sou perfeita, não sou a rainha da verdade, mas quero fazer o que acredito. Não faço isso de maneira falsa. Caso a situação não esteja fluindo, eu pego minha mala e mudo de cidade.
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Minha amiga querida encerrou nossa conversa dizendo: "Quero tanto bem a você, sei de seus sentimentos. Gaste com quem merece".
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PS: Eu gasto, amiga. Ou tento. Sou igual a você. Só quero ser feliz.
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"Depois, um amigo me chamou para ajudá-lo a cuidar da dor dele. Guardei a minha no bolso. E fui." [ Caio F. Abreu]

2 comentários:

Anónimo disse...

estive aqui!

Anónimo disse...

e se quiser mudar de cidade, traga suas malas pra cá!