domingo, 1 de fevereiro de 2009

Meu jeito! =]

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Namorei por quase dois anos. Meses após o rompimento encontrei meu então ex-namorado e reparei que ele me olhava de longe enquanto eu me esbaldava cantando com algumas amigas no Karaoquê. Não demorou muito para ele se aproximar e perguntar: "Por que tu nunca me mostrou que canta tão bem?". Dei os ombros e ficou por isso mesmo.
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Pode parecer uma bobagem eu relembrar isso depois de tanto tempo. Cinco anos, por aí. Mas isso me marcou de tal forma que hoje, sempre que conheço alguém, penso se eu o deixaria me amar. Sem floreios, sem máscaras, sem maquiagens. Pergunto-me se eu permitiria que ele descobrisse a minha essência, conhecesse cada mania, cada detalhe, cada qualidade ou defeito meu. Mesmo que agora eu seja praticamente o oposto do que era há cinco anos, ainda não estou segura sobre a minha capacidade de me revelar. Como diria meu grande amigo Eduardo: "quando confia, permite que realmente te conheçam", antes disso não...
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Eu quero alguém que me ache linda com o meu pijama rosa dois números maior do que o meu. Quero alguém que conheça meus olhares, minhas expressões, meus ângulos, minhas manias. Quero alguém que não implique com o meu jeito moleca, com as minhas roupas curtas, meus quilos extra e minha mania de rir para todo mundo. Alguém que não se importe em esperar uns segundinhos para que eu volte da breve viagem que faço para outro planeta antes de responder ou continuar o assunto. Alguém que entenda - ou ao menos tente entender - o meu jeito de viver, o jeito que é só meu.
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Não precisa cantar comigo, desde que me veja cantar.
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