sábado, 12 de maio de 2012

"O mundo está ao contrário e ninguém reparou..."

Eu tive a sorte de viver, logo no início da vida, um amor de verdade, daqueles que parecem encontro de almas, daqueles que você sabe que vai ser pra sempre, daqueles que, passado o tempo que for, continuarão sempre ali por você. Com ele eu aprendi a ser doce, tão doce como jamais imaginei que pudesse ser. Ele me deu o que de melhor havia no mundo, os melhores sorrisos, a melhor companhia, os melhores planos e sonhos, e não é de se estranhar que eu tenha me tornado extremamente seletiva e exigente depois dele.
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Os que vieram depois me ajudaram a endurecer, a desacreditar... A verdade é que sinto falta de quem eu era no início, com o moço dos sonhos que me ensinou a ver estrelas. E, às vezes, me pergunto se ainda existem pessoas por aí acreditando no mesmo que eu. Porque eu ainda sonho com a vida a dois, com uma relação verdadeira, de deitar a cabeça no peito do outro e ser feliz até o amanhecer.
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Mas parece que o mundo não quer mais gente assim. As pessoas decidiram beijar quantas bocas forem possíveis, sem ir fundo no encontro, sem ser parceiro de caminhada. Mulheres dormem com homens que mal conhecem. Homens traem parceiras de vida por uma satisfação momentânea. Ninguém mais faz planos reais e duradouros com ninguém, e quando você tenta planejar, a pessoa se assusta e foge. Infelizmente, Nando, o mundo realmente "está ao contrário e ninguém reparou". E eu a cada dia menos acredito no ser humano, na verdade dos sentimentos alheios.  A vida tem me mostrado o quanto os corações andam cérebros e quanto os cérebros andam superficiais.

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