quarta-feira, 12 de maio de 2010

para Elisabeth.

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12 de Maio de 2018
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Minha amada Elisabeth,

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faz tempo que não te escrevo, e só o faço agora porque acordei pensando em ti. Lembrei das inúmeras vezes em que acordavas antes de mim, ia ao banheiro, tomava café, voltava pra cama, e com um sorriso dançando nos lábios me dizia às 6 da manhã "acorda que o sol já está brilhando, meu amor". A verdade, Lis, é que quando você dormia em minha casa o mundo acordava cantando. E eu sempre ganhava o meu dia ao ver o teu sorriso.
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Mas depois desse pensamento bonito, me ocorreu um desses pensamentos não tão doces de serem tidos... As pessoas tem esquecido umas das outras com tanta facilidade, não é mesmo? Tenho medo de que se afaste para sempre, Lis, medo de, dia após dia, cada vez mais não estar no que você vê, nas suas lembranças, nos seus sonhos. Medo de não te reconhecer quando finalmente te reencontrar.
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Não sei se ainda compartilha da mesma impressão, mas acho que a gente teve uma hora que parecia mesmo que ia dar certo. Espero que um dia a gente se encontre de novo, sem pretender, e espero também que nesse dia não haja mais tanta coisa entre nós, tantas dúvidas, tantos medos bobos, tantas outras pessoas... pode ser que nesse dia dê certo, Lis. Eu acredito nisso, e fico pensando se dizendo assim, com tanta doçura e certeza, quem sabe até você acaba acreditando.
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Fique com os meus melhores pensamentos e com toda a minha saudade,
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Darcy.

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